Uma delegação do grupo terrorista palestino Hamas anunciou nesta segunda-feira (3) a libertação de um refém com cidadania russa e israelense, Alexandr Trufanov, a pedido do ditador russo, Vladimir Putin.
“Um deles, Trufanov, certamente será liberado em breve. Ele será liberado mesmo sendo um soldado. Esse é o nosso gesto em resposta à posição da Rússia sobre a questão palestina”, disse à agência estatal russa RIA Novosti Musa Abu Marzuk, membro do escritório político do Hamas que deve se reunir com o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Bogdanov, em Moscou, nos próximos dias.
Ele acrescentou que o destino de Maxim Herkin, outro refém russo oriundo da região do Donbas, será decidido “em uma segunda fase”, embora tenha dito que “há muitos detalhes”.
“Reagimos à solicitação da Rússia apenas por respeito ao presidente [ditador] Vladimir Putin”, explicou o membro do Hamas.
Em meados de janeiro, Putin pediu que fosse feito “todo o possível” para libertar Trufanov do cativeiro, um assunto que também foi discutido por telefone entre Bogdanov e a liderança do Hamas.
Trufanov, de 29 anos, foi sequestrado em Nir Oz junto com sua companheira, sua mãe e sua avó em 7 de outubro de 2023 durante o massacre do Hamas que também matou seu pai.
A mãe e a avó foram liberadas no final de novembro do ano passado, quando Israel e Hamas fecharam um primeiro acordo de trégua, após mais de um ano de guerra na Faixa de Gaza.
De acordo com o Kremlin, nesta segunda-feira, Putin não receberá a delegação do Hamas, que apresentará um relatório a Moscou sobre a implementação dos acordos com Israel e solicitará assistência humanitária para aliviar a crise na Faixa de Gaza, disseram fontes do grupo palestino à agência de notícias TASS.
