terça-feira, 4 fevereiro 2025

Equador anuncia tarifas de 27% sobre produtos do México

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O presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou nesta segunda-feira (3) que seu governo vai impor uma tarifa de 27% sobre todos os produtos importados do México até que seja assinado um acordo de livre comércio entre os dois países, em um momento em que as relações diplomáticas continuam rompidas após a invasão da embaixada mexicana em Quito para prender o ex-vice-presidente Jorge Glas.

Em uma mensagem em redes sociais, Noboa reafirmou a intenção de assinar um acordo de livre comércio com o México, mas justificou a tarifa por considerar que o atual comércio não petrolífero entre os dois países é um “abuso” para o Equador, que tem um saldo negativo na balança comercial.

A medida tarifária foi anunciada poucos dias depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôr tarifas de 25% sobre produtos de México e Canadá – embora tenha suspendido o início da aplicação após negociações de últimas hora com os dois países.

Equador e México estiveram muito perto de assinar um acordo de livre comércio em 2022, mas as negociações foram prejudicadas pela recusa do governo mexicano em isentar de tarifas o camarão e a banana, dois dos principais produtos de exportação do país sul-americano.

Essa circunstância fechou as portas para a entrada do Equador na Aliança do Pacífico, o mecanismo de integração regional formado por Chile, Colômbia, México e Peru, ao qual o país estava tentando aderir.

Equador e México romperam relações diplomáticas em abril de 2024, depois que Noboa ordenou uma operação policial na embaixada mexicana em Quito para prender Glas, após ele ter recebido asilo diplomático do governo do então presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, e ter se declarado perseguido político em face das condenações e julgamentos por corrupção que enfrenta no país sul-americano.

A crise diplomática também levou a um litígio na Corte Internacional de Justiça em Haia, com acusações mútuas de violação das convenções que regem o direito internacional. O México acusa o Equador de violar a inviolabilidade da sede diplomática, enquanto o Equador argumenta que o México usou indevidamente o tratado que rege o asilo diplomático.



Fonte: Gazeta do Povo

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