A Casa Branca afirmou nesta quarta-feira (5) que o grupo de migrantes que foi enviado na terça-feira para a base naval de Guantánamo, em Cuba, é composto por membros da gangue transnacional de origem venezuelana Tren de Aragua.
A informação foi divulgada por Karoline Leavitt, porta-voz do governo de Donald Trump, em entrevista coletiva na Casa Branca, na qual assegurou que as autoridades de imigração estão dando “prioridade” às detenções de “criminosos violentos”.
O grupo de dez migrantes, que partiu na terça-feira em um avião militar da cidade fronteiriça de El Paso, já está em um centro de detenção em Guantánamo, informou o Pentágono em um comunicado na manhã de quarta-feira.
A detenção na ilha será temporária, segundo o comunicado, até que os migrantes possam ser “transportados para seu país de origem ou outro destino apropriado”.
O governo Trump lançou uma campanha contra os mais de 11 milhões de imigrantes ilegais no país, prometendo realizar a maior campanha de deportação da história dos EUA.
Em suas primeiras semanas no cargo, as autoridades detiveram mais de 8 mil pessoas em todo o país, disse Leavitt na coletiva de imprensa. Dessas, mais de 400 já foram liberadas devido à falta de espaço de detenção ou a “condições médicas graves”, acrescentou ela.
O presidente ordenou a expansão da capacidade de detenção na base naval da Baía de Guantánamo para abrigar mais de 30 mil pessoas, e o Pentágono já enviou mais de 150 militares para a tarefa.
Os militares enviados incluem fuzileiros navais e outros militares do Comando Sul dos EUA, que é encarregado da América Latina.
Na última quarta-feira, ao assinar o memorando para expandir a capacidade do centro de migrantes na baía de Guantánamo, Trump disse que a medida visa “deter os piores imigrantes ilegais criminosos que representam uma ameaça ao povo americano”.