A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) está utilizando drones para monitorar os cartéis de drogas no México, informou nesta terça-feira (18) a imprensa americana.
Os drones começaram a ser usados para operações de busca de laboratórios de fentanil durante o mandato do ex-presidente Joe Biden, como destacou o jornal The New York Times.
Embora não seja um programa novo, o jornal enfatizou que, no governo de Donald Trump, o número de voos com esses drones aumentou como uma espécie de “trampolim” para executar o plano do presidente contra os cartéis mexicanos.
Autoridades, tanto atuais quanto anteriores, familiarizadas com o assunto, afirmaram à rede de televisão CNN que os drones que estão sendo usados são do modelo MQ-9 e não carregam armas, apesar de poderem ser equipados elas.
O jornal The New York Times afirmou que os drones não estão autorizados a realizar ações “letais” e que os agentes da CIA transmitem as informações obtidas durante esses voos para as autoridades mexicanas.
Esses drones são usados regularmente pelos EUA para atacar suspeitos de terrorismo em países como Somália e Iêmen.
A informação foi divulgada uma semana depois de o chefe do Comando Norte dos EUA, general Gregory Guillot, confirmar que o Pentágono também usa vigilância aérea para monitorar os cartéis de drogas no México.
Ainda segundo o The New York Times, os voos militares monitoram a região da fronteira e não entram no espaço aéreo mexicano, ao contrário dos voos da CIA.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, questionada sobre o assunto em entrevista coletiva, disse que a ação “faz parte dessa pequena campanha”.
Sheinbaum evitou dar mais explicações sobre os dados expostos nas duas reportagens.
Na última semana, ela disse que não estava “alarmada” com os voos do Pentágono, mas que pediria uma explicação.
Trump assinou uma ordem executiva para declarar os cartéis de drogas como organizações terroristas.
