domingo, 23 fevereiro 2025

Após fala de Trump, Zelensky reforça que foi “legitimamente eleito”

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reafirmou em entrevista coletiva neste domingo (23) que foi “legitimamente eleito” pelo povo ucraniano e disse que não ficou ofendido com o rótulo de “ditador” dado pelo presidente americano Donald Trump.

“Eu não consideraria as palavras de Donald Trump como um elogio. Não estou ofendido, mas um ditador estaria”, disse Zelensky. “Não sou [um ditador]. Sou um presidente legitimamente eleito”, rebateu Volodymyr Zelensky.

Na última quarta-feira (19), Trump acusou Zelensky por ainda não ter convocado eleições gerais na Ucrânia. Oficialmente, o mandato do ucraniano terminou em maio do ano passado, mas Zelensky está apoiado pelo regime de lei marcial, medida que barra o processo eleitoral ucraniano enquanto o país estiver em guerra com a Rússia.

Outro ponto debatido pelo presidente ucraniano foi um possível acordo entre Ucrânia e EUA sobre as exigências dos americanos de US$ 500 bi em riquezas minerais da Ucrânia em troca do auxílio do país durante a guerra. “Precisamos nos encontrar e conversar sobre isso. Eu acho que esta reunião deve ser justa”, disse Zelensky durante a conferência em Kiev.

Zelensky também afirmou neste domingo que estaria disposto a renunciar “imediatamente” em troca do fim da guerra e do ingresso da Ucrânia como um dos países componentes da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). “Se há uma chance de paz para a Ucrânia, se a minha saída é necessária para isto, eu estou pronto… Posso trocar meu cargo pela [entrada na] Otan”, disse.

Apesar do comentário de Zelensky, agentes americanos, como o secretário de Defesa Pete Hegseth, acreditam que a adesão da Ucrânia não é “realista” no momento. “Os Estados Unidos não acreditam que a adesão da Ucrânia à NATO seja um resultado realista de uma solução negociada”, comentou Hegseth no início deste mês.



Fonte: Gazeta do Povo

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