domingo, 9 março 2025

Saúde do Papa melhora após 23 dias, informa Vaticano

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Na manhã deste sábado, 8 de março, o Vaticano informou que o pontífice passou mais uma noite tranquila, mantendo-se em repouso enquanto segue sob cuidados médicos intensivos.

Papa Francisco tem quadro de saúde atualizado hoje. Foto: Getty Images / Purepeople

O Papa Francisco, aos 88 anos, permanece internado na Policlínica Gemelli, em Roma, desde 14 de fevereiro, enfrentando um quadro de saúde delicado que começou com uma bronquite e evoluiu para uma pneumonia bilateral. Na manhã deste sábado, 8 de março, o Vaticano informou que o pontífice passou mais uma noite tranquila, mantendo-se em repouso enquanto segue sob cuidados médicos intensivos.

A internação, que já dura 23 dias, reflete a gravidade da situação, agravada por condições como insuficiência renal leve e um histórico de problemas respiratórios, incluindo a remoção de parte do pulmão direito em sua juventude.

Apesar disso, os boletins mais recentes indicam estabilidade clínica, com sinais de melhora gradual que têm tranquilizado os fiéis ao redor do mundo. Na sexta-feira, 7 de março, Francisco usou sua conta no X para agradecer as orações em uma mensagem em português: “Agradeço de todo coração as orações pela minha saúde. Que Deus os abençoe e que a Virgem os proteja. Obrigado”. A equipe médica do hospital, conhecido por atender papas em emergências, adota cautela, sem previsão de alta, enquanto o líder da Igreja Católica mantém atividades leves, como leitura e orações, em meio ao tratamento.

A notícia da noite tranquila veio como um alívio após semanas de oscilações no estado de saúde do Papa, que chegou a ser considerado crítico no final de fevereiro. O Vaticano tem mantido atualizações diárias, atendendo ao pedido de transparência feito pelo próprio Francisco.

Com mais de três semanas de internação, o caso de Francisco mobilizou a atenção global, com fiéis deixando flores e mensagens de apoio em frente ao hospital e na Praça São Pedro, em Roma. A rotina do pontífice no hospital inclui momentos de espiritualidade e contato com a equipe médica.

Histórico de saúde do Papa e os desafios atuais

Francisco já enfrentou problemas respiratórios ao longo de sua vida, o que torna o quadro atual ainda mais complexo. Aos 21 anos, ainda como Jorge Mario Bergoglio, ele passou por uma cirurgia para remover parte do pulmão direito devido a uma infecção grave, uma condição que reduz sua capacidade respiratória natural e aumenta a vulnerabilidade a doenças como pneumonia. Esse histórico voltou à tona em 2023, quando o Papa foi internado por outra pneumonia, embora menos severa que a atual. Agora, a combinação de bronquite, pneumonia bilateral e crises de broncoespasmo tem exigido um protocolo médico rigoroso, com ventilação não invasiva e fisioterapia respiratória.

No Hospital Gemelli, a equipe multidisciplinar ajustou o tratamento ao longo das últimas semanas, enfrentando desafios como uma insuficiência renal detectada em 22 de fevereiro, que regrediu após intervenções. A idade avançada do pontífice, somada à fragilidade pulmonar, exige monitoramento constante, mas sua resiliência tem sido destacada pelos médicos.

A estabilização recente, observada desde o início de março, trouxe otimismo cauteloso. O Papa tem respondido bem às terapias, com parâmetros hemodinâmicos estáveis e ausência de febre, mas a recuperação total ainda é incerta devido à gravidade inicial do quadro.

Marcos da internação e evolução do tratamento

A trajetória da internação de Francisco começou em 14 de fevereiro, quando ele chegou ao Gemelli com sintomas de bronquite. O diagnóstico inicial logo revelou uma infecção polimicrobiana, que evoluiu para pneumonia bilateral, afetando ambos os pulmões. Entre os dias 22 e 28 de fevereiro, o estado de saúde do Papa atingiu seu ponto mais crítico, com uma crise respiratória prolongada exigindo transfusões de sangue e oxigênio de alto fluxo. Desde então, a equipe médica tem trabalhado para estabilizar o quadro, alcançando resultados positivos no início de março.

A evolução do tratamento pode ser resumida em etapas principais:

  • 14 de fevereiro: Internação com bronquite e início de antibióticos.
  • 22 de fevereiro: Crise respiratória grave eleva o quadro a crítico; transfusões são realizadas.
  • 26 de fevereiro: Controle da insuficiência renal e redução das crises respiratórias.
  • 1º de março: Estabilidade clínica confirmada, com ausência de febre.
  • 7 de março: Mensagem de agradecimento no X reflete melhora gradual.
  • 8 de março: Noite tranquila é registrada, com repouso mantido.

Esses marcos mostram um progresso lento, mas constante, embora os médicos evitem projeções sobre a alta. A pneumonia bilateral, somada ao histórico de Francisco, exige um cuidado prolongado para evitar complicações como infecções secundárias.

Rotina hospitalar e sinais de recuperação

Mesmo sob cuidados intensivos, Francisco tem mantido uma rotina adaptada no hospital. Desde o início de março, ele retomou atividades leves, como ler jornais e realizar orações, indicando uma recuperação gradual de energia. No dia 1º de março, o Papa se alimentou sozinho e passou um tempo na capela do hospital, onde recebeu a Eucaristia, um momento que reflete sua determinação em manter a espiritualidade ativa. Na manhã de 8 de março, após uma noite tranquila, ele continuou com sessões de fisioterapia respiratória, essenciais para fortalecer os pulmões afetados.

A equipe médica relatou que Francisco acorda cedo, toma café da manhã e dedica parte do dia a reflexões e leituras, mantendo-se alerta apesar das limitações físicas. O bom humor do pontífice, observado pelos profissionais de saúde, é visto como um sinal de resistência psicológica em meio à longa internação.

A mensagem publicada no X em 7 de março, escrita em português, destaca seu esforço em se comunicar com os fiéis. A escolha do idioma reflete a intenção de alcançar a América Latina, onde o catolicismo tem forte presença, especialmente na Argentina, seu país natal.

Mobilização dos fiéis e impacto global

A internação de Francisco desencadeou uma onda de solidariedade entre os 1,4 bilhão de católicos ao redor do mundo. Em Roma, fiéis deixaram flores, velas e cartas na base da estátua de João Paulo II, em frente ao Gemelli, enquanto vigílias de oração foram organizadas na Praça São Pedro. O cardeal Pietro Parolin liderou uma missa no dia 24 de fevereiro, pedindo pela recuperação do Papa e reforçando a tradição de apoio ao pontífice em momentos de fragilidade.

Fora da Itália, comunidades católicas em países como Síria e Argentina realizaram celebrações pela saúde de Francisco. Na Faixa de Gaza, ele manteve contato quase diário com a Igreja da Sagrada Família, onde palestinos se abrigam em meio ao conflito, mostrando seu compromisso com os fiéis mesmo estando internado. A mensagem de agradecimento no X foi recebida com alívio por milhões de seguidores, que acompanham cada atualização com expectativa.

O impacto da situação ultrapassa o âmbito religioso, alcançando líderes mundiais e a imprensa internacional, que mantém equipes em Roma para cobrir os desdobramentos. A suspensão de eventos como a oração do Angelus, delegada a outros representantes da Igreja, evidencia a gravidade da pausa nas atividades públicas do Papa.

Detalhes médicos e cuidados intensivos

O tratamento de Francisco no Gemelli envolve uma abordagem multidisciplinar, com antibióticos, oxigenoterapia e fisioterapia respiratória para combater a pneumonia bilateral e os broncoespasmos. Nos primeiros dias de março, ele alternou entre ventilação mecânica não invasiva à noite e oxigenação de alto fluxo durante o dia, uma estratégia que estabilizou as trocas gasosas nos pulmões. A insuficiência renal inicial, detectada em 22 de fevereiro, foi controlada, e exames recentes não indicam novos sinais de infecção.

A fragilidade pulmonar do Papa, resultado da cirurgia na juventude, é um fator agravante. A remoção de parte do pulmão direito reduziu sua capacidade respiratória, tornando infecções como a atual mais difíceis de tratar. Apesar disso, a ausência de febre e leucocitose nos últimos dias aponta para uma resposta positiva ao tratamento, embora o prognóstico permaneça reservado.

Os médicos destacam a colaboração de Francisco com as terapias, incluindo a fisioterapia respiratória, que tem sido crucial para evitar o acúmulo de secreções nos pulmões. A idade de 88 anos, combinada com o histórico médico, exige um cuidado prolongado para prevenir complicações como sepse, uma infecção generalizada que preocupa em casos de pneumonia.

Próximos passos sob monitoramento constante

A equipe médica do Gemelli, liderada por profissionais como Sérgio Alfieri, mantém Francisco sob observação contínua, sem estabelecer uma data para a alta. A estabilização dos últimos dias é um sinal positivo, mas a complexidade do quadro exige cautela. A pneumonia bilateral, agravada por crises respiratórias e infecções polimicrobianas, demanda um tempo de recuperação que pode se estender por semanas, especialmente considerando a idade avançada do pontífice.

Nos próximos dias, o foco será manter a estabilidade alcançada, com ajustes no tratamento conforme necessário. A ventilação não invasiva e a fisioterapia respiratória continuarão sendo pilares da recuperação, enquanto os médicos monitoram sinais vitais e exames de sangue para evitar recaídas. O Vaticano segue com boletins diários, informando cada etapa do processo.

Enquanto isso, as atividades públicas do Papa permanecem suspensas. O Jubileu dos diáconos, realizado em 23 de fevereiro, foi liderado por Dom Rino Fisichella, e a oração do Angelus segue delegada a outros representantes, refletindo a adaptação da agenda papal à internação prolongada.

FONTE: Mix Vale

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Fonte: Portal Acta

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