sexta-feira, 21 março 2025

Adestrador disse que cadela havia fugido, mas polícia encontrou o corpo do animal enterrado no quintal da casa dele

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Adestrador disse que cadela havia fugido, mas polícia encontrou o corpo do animal enterrado no quintal da casa dele

Mia tinha 11 meses e ficou hospedada no local por mais de 30 dias. Voluntários do grupo Nas Garras da Lei, que defende animais vítimas de maus-tratos, desenterraram o corpo, que possuía chip.

Cadela foi achada morta e enterrada no quintal de adestrador no Rio de Janeiro. FOTO: reprodução

A Polícia Civil fez buscas na casa de um adestrador em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, na manhã desta segunda-feira (24), depois do desaparecimento de uma cadelinha da raça golden retriever chamada Mia. O homem chegou a dizer para a família que o animal havia fugido, mas os policiais encontraram o corpo da cachorrinha enterrado no quintal da casa dele.

A casa de muro e portões altos, sem nada escrito na fachada, é onde funciona desde dezembro a “Mansão Pet”.

Voluntários do grupo Nas Garras da Lei, que defende animais vítimas de maus-tratos, desenterraram o corpo.

“Verificamos o quintal e vimos que ali no canto a terra estava mexida. Então, já é sinal de que algo estava enterrado ali. Aí, com toda a técnica para não deteriorar mais o corpinho da Mia, cavamos, cavamos em volta, retiramos, e constatamos através de chip, que ela tinha chip, que era a Mia”, explica Jack Calderini, agente do Nas Garras da Lei.

Adestrador sugeriu serviço de 30 dias

Mia tinha 11 meses e foi hospedada no local no dia 9 de janeiro. Inicialmente, era uma hospedagem de três dias, mas o adestrador Mário Sérgio Dornelas sugeriu um serviço de 30 dias para treinar a cachorra.

Os tutores aceitaram e contrataram o serviço. Após o fim do prazo, o Mário Sérgio ainda pediu para ficar mais 15 dias com a Mia.

“Porque ele disse que ela não estava 100% no xixi e no coco durante o passeio. E que aí ele ia ter certeza que estaria me entregando ela 100% adestrada, né?”, disse Francine Banchi, tutora do animal.

Mia deveria voltar para a casa no dia 14 de fevereiro, mas no dia 13 o adestrador ligou para dizer que a cadela tinha fugido.

Buscas

Os tutores foram até a vizinhança, procuraram imagens de câmeras de segurança, e não encontraram nenhum sinal de que a cachorrinha tinha fugido. Após a repercussão do sumiço, começou uma campanha para encontrar Mia.

“Desde então a gente iniciou essa batalha incansável de 10 dias, sem dormir, sem comer, atrás dela”, diz a dona do animal.

Mário Sérgio chegou a publicar um vídeo nas redes sociais para justificar o sumiço.

“A Mia fugiu lá da minha casa onde ela estava fazendo adestramento, onde ela estava fazendo adaptação do adestramento e a gente sabe que isso às vezes com cachorro, cachorro foge, cachorro vai pra rua, cachorro sai. Quem conhece meu trabalho, sabe como eu sou com os animais, como eu amo, como eu trato. Anos que eu tenho aqui de adestramento. Eu maltratar animais? Isso não acontece”, alegou Mário Sérgio.

Nesta segunda, ele não estava na casa, mas a família dele abriu o imóvel para a polícia. Agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e da Delegacia de Guaratiba entraram na casa para verificar se havia outros animais no imóvel.

Os policiais encontraram mais três cachorros em um ambiente com cheiro forte, fezes e urina de animais espalhados. A água disponível estava em um balde e suja e não havia ração.

A perícia da Polícia Civil vai analisar se os animais sofriam mais tratos.

A família do adestrador disse que Mário Sérgio sempre foi dedicado com os animais e, inclusive, escolheu a casa para oferecer um espaço melhor para cuidar dos bichos. Até o fim da manhã, o adestrador não havia aparecido.

Para os tutores da Mia, encontrar o corpo da cachorrinha foi um misto de alívio e tristeza.

“Uma dor que não dá para explicar, mas também a certeza de que ela morreu para salvar outros cachorros que estavam aqui em situação de maus-tratos e a gente não saber o que ia acontecer. Então, ela cumpriu a missão dela e a gente vai levar o nome dela para sempre”, diz a dona da cadelinha.

FONTE: g1

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Fonte: Portal Acta

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