O Departamento de Estado dos Estados Unidos pediu nesta segunda-feira (27) à Colômbia que encare como uma advertência a ameaça de tarifas que lançou neste domingo (26) em represália pelo governo socialista do país sul-americano não ter aceitado dois voos de deportação em aviões militares.
“Foi um lembrete para a Colômbia de que há um preço a pagar se você for contra seus acordos”, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, à emissora Fox News.
A porta-voz da diplomacia americana enfatizou que cada país tem seus próprios interesses e que, sob a atual administração, do presidente Donald Trump, os EUA agirão de acordo com os que possuem.
Bruce disse que a ação também representa uma mensagem para outros países.
“No final das contas, aconteceu o que se esperaria que acontecesse. Eles disseram ‘minha culpa’ e voltaram atrás”, acrescentou.
A crise diplomática entre Colômbia e Estados Unidos foi desencadeada no domingo pela “recusa” do presidente colombiano, Gustavo Petro, em “aceitar dois voos de repatriação que ele havia autorizado”, de acordo com o governo americano.
Trump, então, anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre todos os produtos colombianos exportados para os EUA e que elas aumentariam para 50% em uma semana. Também foi anunciada a revogação de vistos americanos para funcionários de alto escalão do governo colombiano e suas famílias.
Além disso, Trump ordenou inspeções reforçadas na alfândega e nos controles de fronteira para “todos” os cidadãos e mercadorias colombianos e a “imposição total” de sanções fiscais, bancárias e financeiras contra a Colômbia, além do anúncio da suspensão da emissão de vistos na seção consular em Bogotá.
Naquele mesmo dia, à noite, a Casa Branca informou que o executivo colombiano havia concordado com os termos de Trump, “incluindo a aceitação irrestrita de todos os estrangeiros ilegais da Colômbia que retornam dos Estados Unidos, incluindo aeronaves militares, sem limitações ou atrasos”.
A nota ressaltava que, segundo esse esse acordo, as tarifas prometidas contra os produtos colombianos e as sanções não seriam assinadas a menos que a Colômbia não honrasse o pacto.