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Ao menos 13 ataques de pitbulls foram registrados em 2024; 6 pessoas morreram

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Ao menos 13 casos envolvendo ataques de cães da raça pitbull foram registrados ao longo de 2024 em todo o Brasil, segundo levantamento feito com base em reportagens publicadas pela CNN. Seis pessoas morreram nessas ocorrências.

O caso mais recente ocorreu na última quinta-feira (14), quando um pedreiro foi atacado por um pitbull em uma casa onde trabalhava em Ribeirão Pires, na Grande São Paulo. Ele morreu no local.

Dois dias antes, uma menina de 12 anos e um menino de 11 ficaram feridos depois de um ataque de pitbulls que ocorreu em um parquinho na zona norte de São Paulo.

Somente no mês de outubro, foram três ataques, que provocaram a morte de um idoso e de uma criança.

Comportamento dos pitbulls

O American Pitbull Terrier, conhecido como Pitbull, foi criado nos Estados Unidos no século 19 para participar de rinhas, que à época eram consideradas um esporte.

O médico veterinário Eduardo Ribeiro Filetti explica que o comportamento de um pitbull pode ser influenciado não somente por sua genética –projetada para rinhas de cães– mas também pela forma como é tratado e adestrado.

Ele acrescenta que o fenótipo é resultado da interação entre o meio ambiente e o genótipo, ou seja, o conjunto de genes de um indivíduo. Segundo Filetti, o fenótipo de um pitbull é determinante para o seu comportamento.

“São cachorros que foram criados para rinha e, muitas vezes, alguns deles têm essa genética. Não se pode estimular”, alertou.

O especialista destaca a influência do ambiente no tipo de comportamento do cão. “Quando o [cachorro] vive em um ambiente que ruim, de muito barulho ou quando ele é deixado preso o dia inteiro, isso pode fazer com que ele desenvolva um comportamento agressivo. Tratando de raças [como pitbull] que precisam de um perfil de tratamento certo, pode dar problemas”, explicou.

Assim como outros cães, cachorros da raça pitbull necessitam de boa alimentação, água fresca, passeios regulares após a vacinação e verificações frequentes no médico veterinário. “A questão também é como você [tutor] trata o animal”, ressaltou.

Em alguns casos, adestradores são essenciais para a raça em alguns casos. Contudo, Filetti destacou que dominar um animal é diferente de agir com agressividade.

“O pitbull é um cão muito ágil. Se ele ver uma pomba na rua, ele vai querer correr atrás. Tem que colocar uma coleira bem justa. A pessoa também deve conseguir segurar o animal, mas nunca com agressividade”, finalizou.



Fonte: TNH1

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