sábado, 22 fevereiro 2025

Ataques com bombas abalam fronteira entre Colômbia e Venezuela

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Uma onda de ataques terroristas abalou nas últimas horas a fronteira entre Colômbia e Venezuela, onde criminosos ainda não identificados destruíram com explosivos o pedágio da rodovia internacional que liga Cúcuta a San Antonio del Táchira e abriram fogo contra postos policiais, deixando ao menos cinco pessoas feridas, confirmaram nesta quinta-feira (20) as autoridades.

Os feridos são três trabalhadores do Instituto Nacional de Estradas (Invías) e dois seguranças da praça de pedágio atacada, localizada em Villa del Rosario, município da região metropolitana de Cúcuta, capital do departamento de Norte de Santander e principal passagem de fronteira entre Colômbia e Venezuela.

“O pedágio ficou completamente destruído”, disse nesta quinta-feira o secretário de Segurança Pública do Norte de Santander, George Quintero, que ofereceu uma recompensa de “até 100 milhões de pesos (cerca de US$ 25 mil) para encontrar os responsáveis pelos eventos violentos das últimas horas”.

Quase simultaneamente, esta manhã, um posto policial localizado no Templo Histórico, em frente à Casa Natal do General Francisco de Paula Santander, um dos heróis da Independência, também em Villa del Rosario, e a Delegacia de Polícia de La Parada, atualmente em construção, foram atacados com tiros.

Nenhuma autoridade confirmou a autoria desses ataques, embora se suspeite que eles possam ter sido realizados pelo grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN), que atua na região e que nos últimos dias colocou bombas de cilindro em algumas estradas do Norte de Santander.

A onda de violência ocorre um dia após vários governadores criticarem o presidente do Colômbia, Gustavo Petro, pelo agravamento do conflito armado em várias partes do país, durante uma reunião do mandatário com autoridades regionais.

“Há uma percepção no país muito complicada em relação à segurança”, disse William Villamizar, governador de Norte de Santander, onde fica a região de Catatumbo, atingida há um mês pelo ataque do ELN contra um grupo dissidente das FARC que deixou ao menos 63 mortos e mais de 50 mil deslocados.

Villamizar, que falou como porta-voz de seus colegas dos 32 departamentos colombianos, pediu “o fortalecimento da inteligência e do trabalho das Forças Militares” com um aumento do número de tropas em diversas regiões.

A mesma preocupação expressou a governadora de Chocó, Nubia Carolina Córdoba, já que em seu departamento o ELN trava um combate com o Clã do Golfo, principal grupo criminoso colombiano, que até a semana passada deixou cerca de 3,6 mil deslocados e mais de 12 mil pessoas confinadas.

“Levantei minha voz nos últimos dias em nome do departamento de Chocó e em nome das comunidades do departamento de Chocó porque esta é uma verdadeira crise humanitária e de Direito Internacional Humanitário (DIH)”, disse Córdoba.

Autoridades investigam uso de drones em ataque

Por outro lado, danos materiais foram causados ​​em residências e empresas por um ataque com explosivos lançado na noite desta quarta-feira (19) contra um centro de detenção temporária em Popayán, capital do departamento de Cauca, no sudoeste do país.

O comandante da Polícia Metropolitana de Popayán, coronel Jhon Fredy Zambrano, disse que “não houve feridos entre as pessoas que permanecem privadas de liberdade, nem entre nosso pessoal”.

Ele também disse que o possível uso de drones no ataque está sendo investigado e que a vigilância na área foi reforçada e uma varredura também foi realizada para descartar a possibilidade de outros explosivos.



Fonte: Gazeta do Povo

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