A investigação da Polícia Federal (PF) que levou à prisão preventiva do general da reserva Walter Braga Netto neste sábado (14/12), revelou que ele teria financiado ações ilícitas relacionadas à trama golpista em 2022, financiando as ações com dinheiro em espécie sendo transportado em sacolas de vinho.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ordenou a prisão de Braga Netto, em decisão proferida no dia 10 de dezembro.
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O ex-ministro de Bolsonaro e militar da reserva foi detido em casa, no bairro de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. Além do mandado de prisão, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou buscas na residência de Braga Netto. Segundo o Exército, o ex-ministro ficará sob custódia da Força, no Comando da 1ª Divisão de Exército do Rio de Janeiro.
“O general repassou diretemente ao então major Rafael de Oliveira dinheiro em uma sacola de vinho, que serviria para o financiamento das despesas necessárias a realização da operação”, aponta a decisão do STF.
Braga Netto colaborou com as atividades golpistas ao repassar recursos. A investigação também aponta que o major comprou um celular, pago em espécie, para ser usado em ações clandestinas no dia 15/12/2022.
A investigação aponta “fortes indícios e substancias provas de que, no contexto da organização criminosa, o investigado Walter Souza Braga Netto contribuiu, em grau mais efetivo e de elevada importância do que se sabia anteriormente, para o planejamento e financiamento de um golpe de Estado”
Além da prisão de Braga Netto, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em Brasília, incluindo um contra o coronel Flávio Peregrino, ex-assessor do general. A operação visa evitar que haja novas ações ilícitas que possam comprometer a produção de provas e a continuidade da investigação.