Por Lívia Camillo / Folhapress
O Conselho Deliberativo (CD) do Corinthians irá votar o impeachment do presidente Augusto Melo na próxima quinta-feira (28).
Nesta quinta (21), o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Jr. emitiu ofício convocando os conselheiros para reunião extraordinária. Haverá deliberação, defesa e votação no mesmo dia.
O documento cita o artigo 107 do estatuto do clube, que detalha o processo para destituição do presidente da diretoria. Se o Conselho votar a favor do impeachment, o CD terá cinco dias para convocar a assembleia geral de associados para realizar a votação em última instância.
COMO SERÁ A REUNIÃO
– Palavra do Presidente do CD para expor os motivos da convocação em razão do recebimento da denúncia pela Comissão de Ética e Disciplina;
– Deliberação sobre o motivo da Convocação da Reunião;
– Prazo regimental para manifestação do Representante dos Conselheiros Requerentes do Pedido de Destituição do Presidente da Diretoria e/ou Representante da Comissão de Justiça do CD;
– Palavra do Presidente da Comissão de Ética e Disciplina do Conselho Deliberativo pelo tempo regimental para leitura e sustentação do parecer da Comissão;
– Prazo regimental para defesa oral/sustentação oral do Presidente da Diretoria ou de seu representante legal;
– Votação em escrutínio secreto pela Destituição ou não do Presidente da Diretoria;
– Proclamação do resultado e providências estatutárias, em sendo o caso
QUAL É O PASSO A PASSO – É necessário ter maioria simples de votos dos conselheiros presentes na reunião extraordinária. São 302 no total, mas normalmente nem todos comparecem às sessões.
Caso a destituição seja aprovada, o CD tem até cinco dias para convocar uma assembleia geral de associados para votar o impeachment em última instância.
Neste meio tempo, o presidente é afastado de forma preventiva até a nova votação. A decisão dos sócios é a definitiva e o pleito funciona no mesmo sistema de maioria simples.
Segundo o Art. 108, ao ficar vaga a cadeira da presidência por cassação de mandato, quem assume as funções é o 1º vice-presidente.
Neste cenário, Osmar Stábile assumiria o cargo e teria 30 dias para convocar uma eleição indireta, na qual apenas os conselheiros vitalícios ou com pelo menos dois mandatos poderiam votar.