Moeda valorizou-se em todo o mundo, com incerteza provocado por presidente dos EUA, que confirmou taxas de importação a partir de 4 de março.
Dólar. FOTO: Freepik
O dólar fechou em alta de 0,45%, cotado a R$ 5,83, nesta quinta-feira (27/2), no maior patamar observado em fevereiro. Durante o pregão, ele chegou a atingir R$ 5,83. Ainda assim, com o resultado, a moeda americana acumula queda de 0,15% no mês e de 5,68% no ano frente ao real.
A Bolsa brasileira (B3) terminou o pregão em estabilidade, com leve alta de 0,02%, aos 124.798 pontos. Com isso, o Ibovespa, o principal índice da B3, resistia à forte baixa das ações da Petrobras, que chegaram a cair mais de 7%. Os papéis da petroleira sofreram forte impacto da divulgação do balanço da companhia, que anotou prejuízo líquido de R$ 17 bilhões no quarto trimestre.
O mercado global agitou-se com novas declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a cobrança de tarifas para importados. Nesta quinta-feira, o republicano afirmou na rede social Truth Social que as taxas de 25% sobre produtos do Canadá (à exceção do setor de energia) e do México começam em 4 de março. Na mesma data, entram em vigor as sobretaxas de 10% para artigos chineses.
No início de fevereiro, o republicano havia adiado a cobrança do México e do Canadá, depois que o governo dos dois países se comprometeram a adotar medidas de segurança para conter o tráfico de drogas nas fronteiras entre os países. Como resultado da suspensão das taxas, ainda que temporária, o mercado ficou em dúvida se as medidas seriam de fato implementadas.
Agora, o republicano, no entanto, voltou à carga. Ele escreveu na rede social que as drogas continuam chegando “em níveis muito altos e inaceitáveis”. “Não podemos permitir que esse flagelo continue a prejudicar os EUA”, escreveu o presidente dos EUA.
As sucessivas manifestações de Trump sobre tarifas vêm provocando trancos frequentes no mercado. Para especialistas, essas medidas podem desestruturar o comércio internacional, perspectiva que provoca incertezas entre agentes econômicos. Sempre que isso ocorre, os investidores procuram proteção no dólar, o que eleva a cotação da moeda americana.
Nesta quinta-feira, o índice DXY, que mede a força do dólar frente uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, avançou de 0,69% até as 17 horas. Uma valorização mais intensa do que a registrada frente ao real, que ficou em 0,45.
FONTE: Metrópoles
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