quarta-feira, 12 fevereiro 2025

Dólar opera em queda e vai a R$ 5,91, com política tarifária de Trump no radar

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Dólar opera em queda e vai a R$ 5,91, com política tarifária de Trump no radar

Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,18%, cotada a R$ 6,0302. Já o principal índice da bolsa de valores avançou 0,39%, aos 123.338 pontos.

Dólar fechou em queda. FOTO: Freepik

O dólar opera em queda nesta quarta-feira (22), enquanto investidores precificam os possíveis rumos da política tarifária dos Estados Unidos com a chegada de Donald Trump à presidência. Na mínima do dia, a moeda chegou a ser negociada a R$ 5,91.

Na terça-feira (21), Trump reforçou a promessa de impor tarifas de 10% à China e à União Europeia, além de considerar alíquotas de até 25% contra México e Canadá. A falta de medidas concretas sobre o tema, no entanto, tem beneficiado o real e outras moedas ao redor do mundo.

“A abordagem de Trump de primeiro ameaçar e depois estudar se realmente vai implantar alguma tarifa sobre as outras economias tem levado a um movimento de enfraquecimento global do dólar”, disse Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX, à agência de notícias Reuters.

“Visto o que se antecipava, o receio era de que ele teria uma postura agressiva já no seu primeiro dia de mandato”, completou. Esse cenário, no entanto, não aconteceu.

Além disso, o mercado acompanha o Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) em Davos, na Suíça, e está atento aos desdobramentos das contas públicas brasileiras.

Na agenda, balanços corporativos e dados econômicos locais e internacionais estão em destaque.

Diante do mesmo cenário, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, oscila entre altas e baixas.

Dólar

Por volta das 16h34 dólar operava em queda de 1,52%, cotado a R$ 5,9385. Na mínima do dia, foi a R$ 5,9154. Veja mais cotações.

Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,18%, cotada a R$ 6,0302.

Com o resultado, acumulou:

queda de 0,58% na semana;

recuo de 2,42% no mês e no ano.

Ibovespa

No mesmo horário, o Ibovespa tinha alta de 0,07%, aos 123.416 pontos.

Na véspera, o índice avançou 0,39%, aos 123.338 pontos.

Com o resultado, acumulou:

alta de 0,81% na semana;

ganho de 2,54% no mês e no ano.

O que está mexendo com os mercados?

Os efeitos da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos continuam a influenciar os mercados nesta quarta. Além das ordens executivas assinadas no primeiro dia de mandato, novas declarações de Trump sobre um possível “tarifaço” a outros países geraram incertezas sobre os impactos no comércio global.

Na terça-feira, durante um evento na Casa Branca, Trump prometeu impor tarifas à União Europeia e afirmou que seu governo já está discutindo uma alíquota de 10% sobre produtos importados da China a partir de 1º de fevereiro.

O republicano também ameaçou impor tarifas para o México e para o Canadá, afirmando que há preocupação com o fluxo de drogas provenientes desses dois países.

Sobre a relação de Trump com o Brasil, continuam a repercutir as falas recentes do republicano, quando afirmou que a relação dos Estados Unidos com a América Latina e com o Brasil “é excelente”, mas destacou que a região “precisa mais dos Estados Unidos” do que o contrário.

“A relação é excelente. Eles precisam de nós, muito mais do que nós precisamos deles. Não precisamos deles. Eles precisam de nós. Todos precisam de nós”, respondeu Trump ao ser perguntado se iria falar com o presidente Lula e como seria a relação com o Brasil e com a América Latina.

A frase foi dita em resposta a uma pergunta da repórter da TV Globo Raquel Krähenbühl sobre se Trump falaria com o presidente Lula e como seria a relação com o Brasil e a América Latina, feita enquanto o presidente americano assinava os primeiros decretos do novo mandato no Salão Oval da Casa Branca

O presidente Lula afirmou que torce por uma “gestão profícua” (ou seja, proveitosa) por parte de Trump, afirmando que o Brasil “não quer briga” com os Estados Unidos.

“Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problema na democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os EUA e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua para que o povo americano melhore e para que os americanos continuem a ser histórico ao que é do Brasil”, disse Lula.

“Da nossa parte, não queremos briga. Nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia e nem com a Rússia”, seguiu.

Desde sua campanha, o novo presidente dos EUA tem sinalizado uma agenda mais protecionista, priorizando o fortalecimento da atividade doméstica e limitando a concorrência estrangeira.

Por isso, investidores estão incertos sobre os impactos econômicos das medidas do republicano e os efeitos que essas propostas podem ter no Brasil.

Por aqui, o mercado está atento ao cenário fiscal, especialmente porque o Orçamento ainda não foi aprovado.

Nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, listou as prioridades do governo na política econômica para este ano, destacando a necessidade de fortalecer o arcabouço fiscal e mencionando a reforma do Imposto de Renda.

Na agenda doméstica, o Banco Central informou que o Brasil registrou um fluxo cambial total negativo de US$ 3,804 bilhões em janeiro até o dia 17, em um movimento puxado tanto pela via financeira como pela via comercial. Os dados são preliminares e fazem parte das estatísticas referente ao câmbio contratado.

Além disso, o investidor também segue na expectativa pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país e que será divulgado na próxima sexta-feira. A estimativa é que o indicador traga mais indicações sobre o futuro da taxa básica de juros, a Selic.

*Com informações da agência de notícias Reuters

FONTE: g1

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Fonte: Portal Acta

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