O presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou nesta terça-feira (4) um programa de assistência financeira para cidadãos equatorianos que forem deportados dos Estados Unidos, oferecendo um auxílio de US$ 470 mensais para cada um deles por três meses. A iniciativa ocorre em meio ao aumento das deportações de imigrantes ilegais nos EUA e a poucos dias das eleições presidenciais no país, nas quais Noboa busca uma reeleição para cumprir, desta vez, um mandato completo de quatro anos.
“Quero que saibam que o Equador os espera com os braços abertos”, declarou o presidente em postagem nas redes socais, onde anunciou o programa. Além do auxílio financeiro, o governo Noboa também implementará programas de capacitação profissional, bolsas de estudo e assistência integral para apoiar os deportados em sua reinserção no país.
A medida anunciada por Noboa surge em um momento de intensificação das operações do Serviço de Controle de Imigração e Alfândega (ICE) nos Estados Unidos, que estão ocorrendo sob ordens do presidente Donald Trump, que quer deportar todos os imigrantes que entraram e vivem de maneira ilegal nos EUA. Nos últimos anos, milhares de equatorianos arriscaram suas vidas atravessando a perigosa selva do Darién, na América Central, na tentativa de ingressar ilegalmente nos EUA. Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), o Equador se tornou um dos principais países de origem dos imigrantes que seguem essa rota.
Dados da chancelaria do Equador indicam que mais de 32.000 equatorianos foram deportados em voos dos Estados Unidos nos últimos dois anos, sendo cerca de 18.400 em 2023 e aproximadamente 13.600 em 2024. No último dia 28, chegaram ao aeroporto de Guayaquil dois voos de deportação com cerca de 200 equatorianos em situação irregular em território americano.
