Os Estados Unidos revogaram os vistos de dois funcionários colombianos do Banco Mundial (BM) que foram afetados pelas medidas do governo de Donald Trump em represália à suspensão dos voos de deportação da Colômbia.
“Dois funcionários do Grupo Banco Mundial, que são cidadãos colombianos, foram informados ao entrar nos EUA que seus vistos G-4 haviam sido revogados”, informou o BM em circular para seus funcionários acessada pela Agência EFE.
“Um terceiro colombiano não foi autorizado a embarcar em um voo para retornar aos EUA”, acrescentou o órgão, que diz estar ‘trabalhando na questão por meio de todos os canais relevantes’.
Como fez na noite deste domingo, o BM novamente pediu a seus funcionários colombianos que “adiassem” qualquer viagem que pudessem ter planejado “de/para os EUA nos próximos dias”.
O governo Trump anunciou sanções e retaliações depois que o presidente colombiano, Gustavo Petro, se recusou a permitir que os aviões militares dos EUA que transportavam cidadãos colombianos deportados aterrissassem no domingo.
O Departamento de Estado americano emitiu imediatamente um comunicado anunciando “restrições” de visto para “funcionários colombianos e seus familiares imediatos que foram responsáveis por interferir nas operações dos voos de repatriação dos EUA”.
As restrições, no entanto, também afetaram funcionários de agências multilaterais, que geralmente trabalham em Washington com vistos de não imigrante G-4, nível diplomático e oficial.
Após várias horas de crise diplomática, Colômbia e EUA anunciaram no final da tarde uma solução para a crise diplomática, com a suspensão das restrições assim que os primeiros aviões de deportação aterrissarem em Bogotá.