O FBI informou ter identificado mais de 2,4 mil novos documentos relacionados ao assassinato do ex-presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, depois que o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva para que sejam divulgadas todas as informações relacionadas ao caso.
Ao todo, são mais de 14 mil páginas que não foram tornados públicos e fazem parte de evidências “nunca vistas” sobre a morte do ex-presidente, disse a agência federal de investigações dos Estados Unidos em um comunicado.
Em 2023, o governo do ex-presidente democrata Joe Biden afirmou que os Arquivos Nacionais haviam concluído a revisão das informações confidenciais sobre a morte de Kennedy, tendo tornado públicos mais de 99% dos documentos.
Poucos dias depois de assumir o cargo, Trump assinou uma ordem executiva para tirar o sigilo de arquivos relacionados ao assassinato do ex-presidente, do ativista de direitos civis Martin Luther King Jr. e do ex-procurador-geral Robert F. Kennedy.
Na ocasião, a Casa Branca publicou em seu site uma nota dizendo que as famílias das pessoas afetadas e o público “merecem transparência e verdade”.
John F. Kennedy liderou os Estados Unidos de 20 de janeiro de 1961 a 22 de novembro de 1963, quando foi assassinado enquanto viajava em um conversível em Dallas, no estado do Texas.
Ele foi baleado na cabeça pelo ex-atirador da Marinha Lee Harvey Oswald. Embora, de acordo com a investigação oficial, ele tenha agido sozinho, outras teorias não foram descartadas pelo público.
Já o ex-procurador-geral e ex-senador, irmão de J.F.K., foi assassinado no Ambassador Hotel em Los Angeles, na Califórnia, em 5 de junho de 1968, logo após vencer as primárias democratas daquele estado. Seu filho, Robert F. Kennedy Jr., foi indicado por Trump para ser o secretário de Saúde de seu governo.
Em abril de 1968, dois meses antes do assassinato de RFK, Martin Luther King Jr., uma personalidade importante na luta contra o segregacionismo e a justiça social, foi morto a tiros na sacada do Lorraine Hotel em Memphis, no estado do Tennessee.
Trump anunciou durante a campanha a intenção de colocar esses registros à disposição da população e reiterou essa promessa no evento que realizou em Washington logo após tomar posse como presidente.
Desde 2020, o FBI coleta arquivos de casos encerrados de escritórios de campo da agência em todo o país para serem armazenados em seu Complexo Central de Registros, na Virgínia.
Durante o primeiro mandato de Trump, o governo federal divulgou quase três mil registros relacionados ao assassinato de J.F.K. para cumprir uma lei de 1992 que exigia a divulgação dos documentos.