O gabinete de segurança de Israel, composto pelos principais ministros e autoridades de Defesa do país, aprovou nesta sexta-feira (17) o cessar-fogo na Faixa de Gaza e recomendou que o governo o ratificasse em uma reunião que acontecerá ainda neste dia.
“Após examinar todos os aspectos políticos, de segurança e humanitários, e constatar que o acordo proposto apoia a consecução dos objetivos da guerra, o Comitê Ministerial de Assuntos de Segurança Nacional (Gabinete de Segurança) recomendou que o governo aprovasse o esquema proposto”, anunciou o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Com o endosso do gabinete de segurança, resta apenas uma votação mais ampla, com mais de 30 ministros para dar sinal verde e confirmar de vez o acordo. O governo israelense deve se reunir esta tarde para discutir o documento pactuado pelos mediadores com o Hamas na quarta-feira.
Fontes israelenses disseram anteriormente que a reunião aconteceria na noite de sábado, após o Shabat, irritando as famílias dos reféns, que disseram que o atraso deixaria a ratificação do acordo perigosamente próxima de domingo, dia em que os primeiros reféns devem ser libertados em uma troca por prisioneiros palestinos.
Segundo o acordo, o cessar-fogo entrará em vigor no domingo, às 12h15 (horário local) e, de acordo com relatos do portal israelense Walla, a troca dos primeiros reféns começará por volta das 16h, embora não haja ainda um anúncio oficial do horário.
A votação do gabinete de segurança foi adiada nesta quinta-feira, depois que Netanyahu acusou o Hamas de alterar partes do acordo, além das crescentes divergências dentro da coalizão governista do primeiro-ministro.
Os dois lados do conflito começarão o cessar-fogo com uma trégua de seis semanas, período no qual as forças israelenses devem se retirar para o leste da Faixa de Gaza. Em contrapartida, o grupo terrorista palestino libertará cerca de 33 dos reféns ainda mantidos em cativeiro, a maioria formada por mulheres e idosos.
Israel também libertará centenas de prisioneiros palestinos, incluindo alguns que cumprem longas sentenças por ataques contra cidadãos israelenses.
Esse é o segundo acordo firmado entre Israel e Hamas desde novembro de 2023, quando 105 reféns foram libertados em uma trégua de uma semana em troca de 240 prisioneiros palestinos.