domingo, 9 março 2025

ginástica é o esporte que mais cresce entre as mulheres

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Modalidade vive ‘boom’ pelo sucesso olímpico e se destaca no cenário do consumo de esportes no Brasil

Rebeca Andrade lidera geração de ouro da ginástica brasileira. Foto: Reprodução

Maior medalhista olímpica da história do Brasil, a ginasta Rebeca Andrade se tornou um marco esportivo do país e, principalmente, para o público feminino que consome essa e outras modalidades. Quase sete meses após o fim dos Jogos Olímpicos, o ‘boom’ vivido pela ginástica nos últimos anos segue trazendo frutos e influenciando o consumo do esporte na população.

O dado que mais chama a atenção é que a ginástica se tornou o esporte que mais cresce entre as mulheres e triplicou seu número de fãs na última década, muito impulsionado pelos dois últimos ciclos olímpicos.

A pesquisa “Women and Sports 2025”, desenvolvida e divulgada pelo Ibope Repucom em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, mostra as principais tendências de consumo e prática de esportes entre as mulheres. Nesta edição do levantamento, foi destacada a importância da ginástica brasileira como uma das principais modalidades que moldam a forma como o público feminino consome o esporte.

Para isso, foi apresentado o case da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), que trabalhou de forma positiva a gestão de imagem de suas atletas ao longo dos últimos anos e obteve sucesso dentro e fora dos ginásios em suas competições.

Comparação com outros esportes

Na análise do Ibope Repucom, a ginástica hoje é a segunda mais consumida entre as mulheres, chegando a ter 69% do interesse das fãs. Fica logo atrás do vôlei, que esteve em 70% das respostas no levantamento.

Vale ressaltar que o vôlei, tanto de quadra quanto de praia, são esportes consolidados há décadas no país, com diversas medalhas olímpicas desde o final da década de 1990 e começo dos anos 2000. Na ginástica, a primeira equipe feminina completa só passou a atuar em 2004, um ano depois do título mundial inédito de Daiane dos Santos.

Ainda no levantamento, a natação aparece com 65% de interesse no público feminino, seguida do vôlei de praia, com 61% e do futebol feminino, com 60% de atenção da audiência. A pesquisa ressalta que, ao comparar com os números dos homens, as mulheres se mostram mais interessadas em todas as modalidades, com a exceção do futebol, que é majoritariamente masculino.

Isso mostra um envolvimento do público feminino crescente com diversas modalidades. Nos últimos cinco anos, as mulheres aumentaram em 20% seu interesse em esportes, enquanto os homens cresceram apenas 9%.

Efeito Rebeca Andrade

Se o vôlei construiu sua base de fãs há quase trinta anos, a ginástica caminhou a passos curtos boa parte de sua trajetória. Foi com Rebeca Andrade que, de fato, a modalidade caiu nas graças do torcedor. No recorte do público geral, a ginástica, hoje, é o quarto esporte com maior volume de fãs conectados, chegando a 71 milhões de pessoas.

A pesquisa do Ibope Repucom ainda mostra o engajamento que as atletas mulheres construíram nas redes sociais e têm uma lista com os 15 nomes mais populares no Brasil. Rebeca Andrade libera a lista mais de 11 milhões de seguidores e tem Flávia Saraiva ao seu lado entre as três mais populares, que tem 5,5 milhões de contas conectadas.

Julia Soares, Jade Barbosa e Lorraine Oliveira são as outras três da equipe olímpica na última edição. Daiane do Santos e Laís Souza completam o grupo da ginástica entre as mais seguidas. Ou seja, até nomes de uma geração anterior sofrem o impacto positivo da fama do esporte no país.

Glória Andrade, PR da Confederação Brasileira de Ginástica que trabalha há 15 anos na função, destaca que o sucesso da modalidade e das atletas é fruto de um trabalho estratégico de comunicação da CBG, que ajuda a fortalecer a imagem do esporte fora do período de grandes competições.

– O sucesso da ginástica brasileira não acontece por acaso. A CBG trabalha estrategicamente para fortalecer sua marca e a reputação de suas atletas, transmitindo essa cultura desde as categorias de base. Os valores sólidos da ginástica e da CBG fortalecem a imagem das atletas, e as atletas, com sua imagem bem construída, reforçam a reputação e o impacto da Confederação. Esse é um ciclo virtuoso que amplia a visibilidade da modalidade e gera impacto em todo o nosso ecossistema – destaca Glória.

Além disso, a especialista destaca que é preciso entender as atletas como um ativo valioso que ajuda a conectar os fãs com o esporte. Trabalhar a imagem de cada uma delas contribui para seu sucesso fora dos ginásios, que é potencializado pelas conquistas dentro dele.

– Formar uma ginasta vai além da excelência técnica. Significa prepará-la para compreender sua imagem como um ativo valioso, gerenciá-la com propósito e reconhecer o impacto que gera dentro e fora do ginásio. A visibilidade traz oportunidades, mas também exige responsabilidade e coerência. Quanto maior seu alcance, maior o impacto de suas palavras e atitudes, fortalecendo não só sua trajetória, mas toda a ginástica brasileira – completou.

 

 

FONTE: Lance

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Fonte: Portal Acta

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