A ditadura cubana libertou, neste sábado (18), o opositor Félix Navarro, reconhecido pela Amnistia Internacional (AI) como prisioneiro de consciência. Navarro foi condenado a 9 anos de prisão, acusado de delitos de atentado e desordem pública após os protestos contra o governo, que aconteceram em Cuba, no dia 11 de julho de 2021.
Foi detido juntamente com sua filha, a jornalista independente Sayli Navarro, cofundadora do movimento Ladies in White, que permanece na prisão.
Navarro, de 71 anos, é coordenador do Partido pela Democracia Pedro Luis Boitel e vice-presidente do Conselho para a Transição Democrática em Cuba (CTDC), e cumpria sua terceira pena “por motivos políticos”.
Félix Navarro foi um dos 75 opositores presos e condenados na chamada Primavera Negra de 2003, mantendo-se sob liberdade condicional devido a saúde fragilizada, afetada por diabetes e outras enfermidades.
Outros prisioneiros também foram libertos
Na última terça-feira, 14, o Governo de Cuba anunciou a libertação de 553 prisioneiros após mediação do Vaticano, que incluiu a retirada da ilha da lista dos EUA de países patrocinadores do terrorismo, decisão tomada pelo presidente em fim de mandato, Joe Biden. Um dia depois, as autoridades cubanas iniciaram o processo.
De acordo com o Observatório Cubano dos Direitos Humanos (OCDH), ao menos 65 pessoas presas, por motivações políticas, receberam liberdade.
A lista com o nome das 553 pessoas não foi apresentada publicamente, mas o governo garantiu que, até quinta-feira, um total de 127 pessoas receberam algum tipo de benefício extrapenal.
A libertação de Félix Navarro ocorreu dois dias depois de José Daniel Ferrer e Luis Robles, também prisioneiros de consciência, serem libertos.