Uma medida indicada pelo governo de Donald Trump, definida na última quinta-feira (6), exclui uma equipe do governo federal responsável por atuar contra a interferência estrangeira nas eleições dos EUA. A decisão foi pautada porque aliados de Trump e o próprio presidente contestaram o papel das funções desempenhadas pela equipe.
Segundo o jornal The Washington Post, na quarta-feira (5), a procuradora-geral Pam Bondi dissolveu uma força-tarefa do FBI, formada em resposta à interferência russa nas eleições presidenciais de 2016, que atuava para descobrir esforços secretos da Rússia, China, Irã e outros adversários estrangeiros para manipular os eleitores dos EUA.
Na sequência, de acordo com apuração do The Washington Post, o Departamento de Segurança Interna enviou uma carta ao governo indicando que ao menos sete funcionários federais, que trabalhavam na equipe de combate a desinformação estrangeira, haviam sido transferidos para a Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura, a CISA, em licença administrativa. Isso causou um alerta vermelho para Trump e sua equipe.
“Os funcionários não receberam nenhuma justificativa para a licença”, afirmou a Secretária de Segurança Interna, Kristi L. Noem. Ela indicou, pois, que não queria mais que a CISA realizasse esse tipo de trabalho. “A CISA se desviou muito da missão”, disse Noem.
“Eles estão usando seus recursos de maneira que nunca foram pretendidos. A desinformação e a informação errada nas quais eles meteram o dedo do pé e interferiram devem ser redirecionadas para o que é seu trabalho,” concluiu a secretária.