O grupo terrorista palestino Hamas disse nesta terça-feira (18) que, após a primeira fase do acordo de cessar-fogo com Israel na Faixa de Gaza, está pronto para libertar os demais reféns em seu poder em uma segunda etapa.
O Hamas classificou a libertação planejada para sábado dos prisioneiros palestinos que cumprem prisão perpétua e longas sentenças nas prisões israelenses como uma “conquista do povo palestino”.
O grupo disse que as alegações de Israel sobre sua expulsão da Faixa de Gaza era “inaceitável” e chamou a ideia de “guerra psicológica ridícula”.
Os reféns a serem libertados no sábado incluem três que foram capturados em 7 de outubro de 2023 em um festival de música (Eliya Cohen, Omer Shem Tov, Omer Wenkrat) e outro sequestrado em um kibutz (Tal Shoham), enquanto outros foram levados pelo Hamas em 2015 (Hisham al Sayed) e 2014 (Avera Mengistu).
Cada um deles será trocado por 77 prisioneiros palestinos, conforme estipulado no acordo, incluindo 47 dos mil que foram libertados no chamado acordo Shalit de 2011 e presos novamente algum tempo depois.
Além disso, o Hamas entregará a Israel na quinta-feira quatro corpos de reféns, incluindo os da israelense Shiri Bibas, de origem argentina, e seus dois filhos, Ariel e Kfir, de dois e cinco anos, respectivamente. Os quatro corpos que ainda faltam da primeira fase serão devolvidos na próxima semana.
O grupo terrorista alega que os reféns foram mortos em um ataque das Forças de Defesa de Israel (FDI) em Gaza, o que é negado pelos israelenses. O pai das crianças, o israelense Yarden Bibas, foi libertado com vida em 1º de fevereiro, após 16 meses de cativeiro.
Se a primeira fase da trégua for concluída com sucesso, 33 reféns terão sido libertados, incluindo 19 que já saíram, em troca de cerca de 1,9 mil prisioneiros palestinos.
Na segunda fase, seriam devolvidos 59 reféns que continuam no território palestino, dos quais pelo menos 35 estão mortos, de acordo com as FDI.
O Hamas, que é apoiado por outros grupos terroristas palestinos, assinou um acordo de cessar-fogo com Israel, que entrou em vigor em 19 de janeiro e inclui a troca de reféns por prisioneiros palestinos.