O governo de Israel enviou tanques para a Cisjordânia neste domingo (23) pela primeira vez desde 2002, marcando o acirramento da ofensiva contra os grupos terroristas Hamas e Jihad Islâmica na região, iniciada em agosto do ano passado.
“Pela primeira vez em décadas na Judeia e Samaria, enviamos tanques”, disse o ministro da Defesa, Israel Katz, usando os nomes bíblicos empregados em Israel para a Cisjordânia, segundo informações da agência Reuters. “Isso significa uma coisa: estamos lutando contra o terrorismo com todos os meios e em qualquer lugar.”
O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, havia anunciado na sexta-feira (21) “operações adicionais contra centros terroristas” na Cisjordânia, depois que explosões de ônibus ocorreram na região de Tel Aviv no dia anterior, sem deixar feridos.
Katz disse que cerca de 40 mil palestinos foram deslocados de campos de refugiados da Cisjordânia de um mês para cá e que os militares de Israel se preparam para uma “estadia prolongada” nesses locais.
A ofensiva ocorre num momento de escalada de tensões com o Hamas: Israel suspendeu neste domingo a libertação de 620 prisioneiros palestinos como parte do acordo de cessar-fogo, por considerar degradantes as cerimônias de entrega de reféns realizadas pelo grupo terrorista na Faixa de Gaza.
Um comunicado do governo israelense apontou que essa suspensão ficará em vigor “até que a libertação dos próximos reféns seja garantida, e sem as cerimônias humilhantes”.