Um porta-voz do gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (26) que “negociações estão em andamento” para garantir a libertação da refém Arbel Yehud de Gaza, onde ela estaria sendo mantida presa pela Jihad Islâmica Palestina, grupo que recebeu alguns reféns do Hamas após o sequestro de 7 de outubro.
O governo israelense esperava que a civil fosse libertada neste sábado, mas, em vez disso, as facções palestinas entregaram quatro soldados mulheres, o que, segundo Israel, descumpriu o que foi pactuado. Em resposta, o país não reabriu o Corredor Netzarim para que os habitantes de Gaza retornassem à Cidade de Gaza e a outras cidades do norte do enclave.
O porta-voz da milícia palestina, Muhamad al-Hajj Musa, disse em um comunicado que Yehud será libertada antes da troca de reféns por prisioneiros palestinos prevista para o próximo sábado (8). “Os mediadores foram informados de que a prisioneira Arbel Yehud será libertada antes do próximo sábado”, disse.
Neste sábado, o Hamas libertou quatro das cinco mulheres soldados mantidas como reféns como parte do acordo de cessar-fogo, e Israel libertou 200 prisioneiros palestinos.
Das 33 pessoas a serem libertadas na primeira fase do cessar-fogo em Gaza, sete mulheres, cinco soldados (um dos quais não foi libertado ainda) e dois civis permanecem no enclave, identificados como Shiri Silberman, de 33 anos, e Arbel Yehud, de 29.
Em novembro de 2023, a Jihad Islâmica alegou que Silberman, que foi sequestrada junto com seu marido, Yarden Bibas, e seus filhos Ariel e Kfir, de 5 e 2 anos, foram mortos em um ataque israelense, embora as FDI nunca tenham confirmado essa alegação.
Nos últimos dias, a imprensa israelense divulgou vários relatos de que Israel estava pressionando para que Yehud fosse um dos nomes libertados neste sábado. No entanto, foram libertadas as soldados Liri Albag, de 19 anos, Karina Ariev (20), Daniella Gilboa (20), e Naama Levy (20).