O juiz Nelson Ferreira Júnior, da 6ª Vara Criminal de Brasília, recebeu uma queixa-crime apresentada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin contra Luiz Carlos Basseto Júnior, que teria ameaçado e xingado o jurista em um banheiro do Aeroporto de Brasília em janeiro deste ano, antes de ele ser indicado à Corte.
“Importante ressaltar que este Juízo designou diversas audiências e expediu cartas precatórias para intimação do querelado, sem que se obtivesse êxito; inclusive, constam informações de que ele estaria no exterior, o que foi desmentido pelos expedientes encaminhados pela Polícia Federal. Assim, não restam dúvidas de que o querelado não demonstra qualquer interesse na conciliação”, disse o magistrado.
Na ocasião, Zanin foi alvo de agressões e ameaças, que ocorreram quando o ministro ainda era advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e estava no banheiro do aeroporto, escovando os dentes. Zanin foi chamado de “corrupto”, “bandido”, “safado” e “vagabundo”.
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Dias depois, a Polícia Civil do Distrito Federal indiciou Luiz Carlos Basseto Júnior por três crimes. Segundo relatório do órgão de segurança pública, o empresário teria cometido ameaça, injúria e incitação ao crime contra Cristiano Zanin.
Pelos crimes apontados no relatório, o empresário pode cumprir 1 ano e 6 meses de detenção, caso seja condenado.
Além do indiciamento pela PCDF, o agressor é alvo de outra apuração por parte da Polícia Federal. Neste caso, a corporação quer saber se Basseto participou dos atos extremistas que culminaram na invasão e depredação dos prédios públicos dos Três Poderes em 8 de janeiro. Ele estava em Brasília três dias após o episódio, mesmo sendo morador de São Paulo.
O R7 tenta contato com a defesa de Basseto Júnior.
