sábado, 8 fevereiro 2025

Líder do Hezbollah diz que Líbano “precisa” do grupo terrorista

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O secretário-geral do grupo terrorista Hezbollah, Naim Qassem, rejeitou nesta segunda-feira (27) a prorrogação do cessar-fogo entre seus terroristas e o Estado de Israel, anunciada pelos Estados Unidos – sob o comando de Donald Trump – até o dia 18 de fevereiro, e exigiu a retirada imediata das tropas israelenses de todos os territórios no sul do Líbano.

“Não aceitamos a prorrogação do prazo de retirada israelense nem mesmo por um dia”, declarou Qassem em discurso transmitido pelo canal libanês de TV Al Manar, considerado a voz do grupo terrorista Hezbollah.

O líder do Hezbollah afirmou que “Israel deve se retirar após o término dos 60 dias” da trégua inicialmente acertada e que a violação do cessar-fogo confirma que o Líbano precisa do grupo xiita, que define suas ações como parte da “resistência à ocupação” do sul do país pelas Forças de Defesa de Israel (FDI).

“As violações do acordo de cessar-fogo confirmam a necessidade de resistência do Líbano”, declarou, referindo-se à presença de tropas israelenses no sul do Líbano após o término do prazo de dois meses para a retirada, ocorrido neste domingo (26).

Israel retirou-se da maior parte da metade ocidental da fronteira no sul do território do Líbano, mas continua presente em várias partes da metade oriental, apesar de o acordo de trégua prever a retirada das tropas israelenses de toda essa região, assim como a saída do Hezbollah para o norte do rio Litani, a cerca de 30 quilômetros ao norte da fronteira.

Qassem culpou Nações Unidas e Estados Unidos por “qualquer repercussão do atraso na retirada israelense, que ontem deixou 24 pessoas mortas e 124 feridas ao tentarem retornar às suas aldeias ocupadas no sul do Líbano”.

Ele também criticou o silêncio dos políticos e governantes sobre a prorrogação da trégua.

“Não ouvimos nenhuma crítica dos soberanos sobre as violações do cessar-fogo”, destacou.

O líder do Hezbollah acrescentou que “Israel foi transformado em criminoso de guerra” por suas operações no Líbano. A trégua entrou em vigor em 26 de novembro.



Fonte: Gazeta do Povo

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