O líder paramilitar pró-Rússia, Armen Sarkisyan, foi confirmado como uma das vítimas fatais de uma explosão que atingiu nesta segunda-feira (3) um complexo residencial de luxo em Moscou.
A morte de Sarkisyan, que era descrito por autoridades da Ucrânia, país invadido pelo ditador Vladimir Putin, como um criminoso ligado a grupos armados ilegais que combatem na região de Donetsk, foi confirmada pela agência estatal russa TASS.
Segundo informações da agência Reuters, a explosão que vitimou Sarkisyan ocorreu no prédio de luxo Scarlet Sails, localizado às margens do rio Moskva, a cerca de 12 quilômetros do Kremlin, quando ele, acompanhado por seus guarda-costas, entrou no porão do estabelecimento. De acordo com a agência americana, citando informações do jornal russo Kommersant, um dos seguranças do paramilitar também morreu no ataque, enquanto outros três ficaram feridos.
Fontes da polícia do regime russo classificaram o ataque como um assassinato premeditado.
“A tentativa de assassinato de Sarkisyan foi cuidadosamente planejada e ordenada. Os investigadores estão atualmente identificando aqueles que ordenaram o crime”, disse um oficial à TASS. As autoridades não apontaram responsáveis diretos neste primeiro momento.
O canal russo Baza, no Telegram, divulgou imagens dos danos causados pela explosão na entrada do prédio e jornalistas da Reuters descreveram vidraças quebradas e a presença de helicópteros retirando feridos, enquanto a polícia isolava a área.
Além das conexões militares, Sarkisyan era apontado pela agência russa independente Mediazona como um influente líder do crime organizado na cidade de Horlivka, na região de Donetsk. Nascido na Armênia, ele teria se consolidado no submundo do crime antes de assumir um papel de liderança entre os paramilitares apoiados pelo Kremlin.