Marinha resgata corpo de caminhoneiro alagoano em ponte que desabou entre Maranhão e Tocantins
O veículo caiu após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), ocorrido no último dia 22 de dezembro.
O veículo caiu após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), ocorrido no último dia 22 de dezembro. Foto: Reprodução
A Marinha do Brasil resgatou nesta quarta-feira (1º) o corpo do caminhoneiro alagoano Beroaldo dos Santos, de 56 anos, encontrado na cabine de um caminhão submerso no Rio Tocantins. O veículo caiu após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), ocorrido no último dia 22 de dezembro.
Beroaldo, natural de Alagoas e residente em Amélia Rodrigues, na Bahia, é uma das 12 vítimas fatais confirmadas até agora. A força-tarefa de busca e resgate também retirou, na última terça-feira (31), um veículo modelo Voyage branco do rio, usando mergulhadores e dispositivos de reflutuação. No carro, havia um corpo previamente localizado e outro que estava desaparecido. Ainda restam cinco pessoas desaparecidas.
Em nota, a Marinha manifestou solidariedade aos familiares e amigos das vítimas e disponibilizou canais de atendimento, como o Disque Emergências Marítimas e Fluviais (185) e contatos da Capitania dos Portos do Maranhão (0800-098-8432 e 98-2107-0121), para informações relacionadas à segurança nas vias navegáveis e possíveis riscos de poluição ambiental.
Entenda o caso
No dia 22 de dezembro, o vão central da Ponte Juscelino Kubitschek cedeu, derrubando pelo menos 10 veículos, incluindo três caminhões carregados com cerca de 25 mil litros de agrotóxicos e 76 toneladas de ácido sulfúrico. A Agência Nacional de Águas (ANA) informou que análises preliminares indicam que não houve vazamento dos materiais transportados.
A ponte, inaugurada em 1961, já apresentava limitações para suportar o aumento no fluxo de veículos e cargas. A Polícia Federal abriu uma investigação para determinar as causas e responsabilidades pelo desabamento, enquanto o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) instaurou uma sindicância, com prazo de 120 dias para apresentar os resultados.
Reconstrução
O Ministério dos Transportes anunciou a contratação emergencial de uma empresa para reconstruir a ponte, com orçamento estimado em R$ 171,9 milhões. As obras, a cargo do consórcio Penedo-Neópolis, formado pelas empresas Construtora Gaspar S/A e Arteles Construções Limitada, deverão ser concluídas até o dia 22 de dezembro de 2025, exatamente um ano após a queda da estrutura.
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