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Matadores de delator do PCC driblaram a polícia e fugiram em ônibus; veja

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A Polícia Civil de São Paulo tem imagens dos dois homens que mataram a tiros o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, 38, delator do PCC (Primeiro Comando da Capital) na tarde do último dia 8 no aeroporto internacional de Guarulhos.

Os atiradores ainda não foram identificados. Ambos acabaram flagrados pelo circuito de segurança de um ônibus municipal da viação Campo dos Ouros, em Guarulhos. O SBT obteve com exclusividade as imagens dos criminosos.

Logo após os disparos, os assassinos fugiram num Gol preto dirigido por um comparsa. O veículo teria apresentado problema mecânico e foi abandonado na rua Guilherme Lino dos Santos, a três quilômetros do aeroporto. As armas também foram deixadas nas proximidades, em um terreno baldio. O motorista fugiu a pé e os atiradores pegaram o coletivo.

Kauê do Amaral Coelho, 29, apontado como o homem que estava no saguão do aeroporto e avisou os executores sobre o momento da saída da vítima no terminal 2, deu fuga para os dois comparsas depois que eles desceram do ônibus 3235 no Jardim Cocaia, em Guarulhos.

Instantes após o crime, forças policiais, incluindo homens da Rota (Rondas Ostensivas Tobias da Aguiar), unidade de elite da PM, se mobilizaram para tentar prender os criminosos, mas não conseguiram localizá-los.

Fugiu para o Rio de Janeiro

Policiais civis afirmam que Kauê fugiu para o Rio de Janeiro e se escondeu em uma comunidade carioca. Ele foi preso por tráfico de drogas em São Paulo, em 19 de setembro de 2022, mas teve a preventiva revogada e acabou colocado em liberdade em 13 de outubro do mesmo ano. O governo de São Paulo oferece recompensa de R$ 50 mil para quem tiver informações sobre o paradeiro dele.

O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) responsável pela investigação da morte do empresário acredita que o PCC pode estar por trás do crime, já que Gritzbach delatou integrantes e revelou o esquema de lavagem de dinheiro da facção.
Porém, o departamento não descarta a possibilidade do envolvimento de policiais civis no homicídio nem de faccionados do CV (Comando Vermelho) já que o empresário foi sequestrado e levado para um cativeiro em São Paulo por um homem da organização criminosa fluminense.

Os agentes públicos delatados por Gritzbach são acusados de cobrar propina para tirar o nome dele no inquérito que respondeu pela morte de Anselmo Becheli Santa Fausta, 38, o Cara Preta, narcotraficante do PCC, e do motorista Antônio Corona Neto, 33, o Sem Sangue, em 27 de dezembro de 2021.

O empresário havia contratado oito policiais militares para cuidar de sua segurança pessoal. Ele tinha viajado com a namorada, um motorista e um dos PMs da escolta para Maceió. Lá recebeu R$ 1 milhão em joias de um homem que lhe devia R$ 6 milhões.

No retorno a São Paulo, ao desembarcar em Guarulhos, foi atingido por 10 tiros. Segundo o DHPP, a ação dos atiradores demorou sete segundos. Um motorista de aplicativo que estava no saguão do terminal 2 também foi baleado e não resistiu.

Os oito PMs da escolta do empresário foram afastados das funções e correm o risco de serem expulsos da corporação, pois faziam “bico” para uma pessoa acusada por duplo homicídio, lavagem de dinheiro e envolvimento com associação criminosa.

A SSP (Secretaria Estadual da Segurança Pública) afirmou que policiais civis delatados por Gritzbach, incluindo um delegado e dois investigadores do DHPP, também foram afastados.



Fonte: TNH1

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