O governo do México mobilizou seus primeiros efetivos da Guarda Nacional para a fronteira com os Estados Unidos nesta terça-feira (4), a partir do sudeste do país, após o acordo com o presidente americano, Donald Trump, para reforçar a segurança na fronteira a fim de suspender por um mês a imposição de tarifas sobre produtos provenientes do México.
Um contingente de tropas da Guarda Nacional deixou o Aeroporto Internacional de Cancún, no Caribe mexicano, pela manhã, para reforçar a vigilância com um total de 10 mil agentes na fronteira, conforme prometido pela presidente Claudia Sheinbaum, que nesta segunda-feira (3) conversou com Trump por telefone.
Pouco antes das 4h locais (6h em Brasília), integrantes das Forças Armadas foram para a base militar no município de Isla Mujeres, ao norte de Cancún, de onde viajaram em veículos militares para o Terminal 1 do Aeroporto Internacional de Cancun, onde um avião da Guarda Nacional já estava no local.
De acordo com as autoridades locais, serão enviados do estado de Quintana Roo 800 efetivos da corporação para reforçar a fronteira com os Estados Unidos. Esses efetivos foram mobilizados em San Juan Río Colorado, em Sonora, um estado que faz fronteira com o Arizona.
Para compensar a saída dos militares, autoridades disseram à Agência EFE que intensificarão o trabalho de prevenção e vigilância em todo o estado, especialmente em áreas com alto índice de criminalidade e com atenção especial a áreas como Cancún, Playa del Carmen e Tulum, onde medidas especiais foram adotadas.
Também serão reforçadas as patrulhas, assim como a presença das forças federais nas ruas e em áreas consideradas como pontos problemáticos.
Enquanto isso, a presidente mexicana prometeu, em sua entrevista coletiva matinal, que o envio da Guarda Nacional para a fronteira com os Estados Unidos, a fim de pausa a imposição de uma tarifa de 25%, não negligenciará o resto do país, pois as tropas se deslocarão de áreas onde não há “tanto problema de segurança”.
“Outros que estavam na parte sul dos estados fronteiriços irão para a fronteira norte, ou seja, é um deslocamento que não deixa o resto do país sem segurança”, enfatizou.