O presidente da Argentina, Javier Milei, fez um apelo nesta segunda-feira (27) pelos reféns argentinos que ainda estão em cativeiro sob controle dos terroristas do Hamas na Faixa de Gaza e agradeceu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por seu papel nas negociações que levaram a um acordo de cessar-fogo na guerra entre Israel e grupos palestinos.
“Quero aproveitar esta oportunidade para agradecer pelo compromisso do presidente dos EUA, Donald Trump, de assumir as negociações que permitirão que os reféns voltem para casa”, declarou Milei durante evento no Museu do Holocausto em Buenos Aires, por ocasião do 80º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
“Entre eles, os nove argentinos que ainda estão sendo mantidos como reféns e para cuja libertação exigimos a máxima rapidez”, acrescentou Milei durante seu discurso para sobreviventes do Holocausto, autoridades e representantes de instituições da comunidade judaica no país.
O acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas e a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos entraram em vigor em 19 de janeiro graças à mediação de Catar e Egito, assim como das equipes do ex-presidente dos EUA Joe Biden e do próprio Trump, que assumiu o cargo em 20 de janeiro.
Após a libertação de sete reféns e 290 prisioneiros nos últimos dias, 87 israelenses permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza após terem sido sequestrados pelo Hamas durante o ataque terrorista dos palestinos contra Israel em 7 de outubro de 2023, no qual 251 pessoas foram capturadas e levadas para Gaza, além de cerca de 1.200 que foram mortas.
No domingo (26), o Hamas entregou a Israel uma lista especificando que 25 dos 33 reféns que devem ser libertados durante a primeira fase do acordo de cessar-fogo de 42 dias ainda estão vivos.
Israel não detalhou quais desses reféns perderam a vida, após mais de 15 meses de cativeiro e uma guerra na Faixa de Gaza. Entre os 33 reféns está a família israelense-argentina Bibas – os filhos Ariel e Kfir, a mãe Shiri e o pai Yarden.
Em novembro de 2023, o grupo terrorista palestino Jihad Islâmica anunciou a morte de Shiri e seus filhos em um ataque israelense, mas as Forças de Defesa de Israel (FDI) nunca conseguiram confirmar essa informação.