Ministério Público denuncia ‘serial killer’ Albino Santos de Lima por três homicídios na Ponta Grossa
Albino é acusado de ser o autor dos disparos que mataram Tamara Vanessa dos Santos e feriram um casal no dia 8 de junho de 2024, no bairro da Ponta Grossa
Albino Santos de Lima em depoimento à Polícia Civil de Alagoas – Reprodução / TV Globo
O Ministério Público de Alagoas (MPAL) denunciou Albino Santos de Lima, de 42 anos, apontado como o maior “serial killer” da história do estado, por homicídio e tentativa de assassinato. A denúncia, apresentada pelo promotor de Justiça Antônio Vilas Boas nessa quinta-feira (23), baseia-se em provas oficiais incluídas no laudo pericial da Polícia Científica e na conclusão do inquérito policial.
Albino é acusado de ser o autor dos disparos que mataram Tamara Vanessa dos Santos e feriram um casal no dia 8 de junho de 2024, no bairro da Ponta Grossa, em Maceió. Ele morava a cerca de 800 metros dos locais dos crimes e é responsabilizado por 10 assassinatos confirmados até o momento: sete mulheres e três homens.
Periculosidade e prisão preventiva
O promotor Antônio Vilas Boas destacou o elevado grau de periculosidade do acusado, reforçando a necessidade de manter a prisão preventiva para evitar que ele execute novos crimes. “A manutenção da prisão é essencial para garantir a segurança da sociedade e impedir que o acusado coloque mais planos em prática”, afirmou.
Albino Santos de Lima é considerado pela polícia um dos criminosos mais perigosos já identificados em Alagoas. O caso segue em andamento, e as autoridades continuam apurando possíveis conexões com outros crimes ainda não esclarecidos.
“Já foi constatado que o suspeito não tem a menor condição de viver em sociedade, de que lhe oferece riscos, vistas as ações criminosas, em sequência, comprovadamente a ele direcionadas. Nesse caso, especificamente, o Ministério Público oferta denúncia por sua participação em um homicídio e mais duas tentativas, mas poderíamos ter o registro de um triplo homicídio já que, de uma só vez, colocou como alvo três pessoas. O exame balístico provou que os projéteis que atingiram as vítimas eram compatíveis com a arma utilizada pelo denunciado, apreendida no momento da sua prisão”, ressalta o promotor Vilas Boas.
O homem se intitulava como justiceiro e para justificar as barbáries cometidas asseverou , durante as oitivas, que as escolhia para executar por não terem comportamentos decentes e ligação com o tráfico de drogas, o que foi totalmente descartado durante as investigações. Assombrosamente, ele
Qualificadoras – No documento é destacado que o denunciado agiu utilizando de recursos que impediram a defesa das vítimas, que o crime aconteceu com torpeza, pois havia o sentimento de cometê-lo com justiçamento no extermínio de pessoas, de preferência jovens que, na sua obsessão, colaboravam com a criminalidade ou seriam prostitutas.
Durante as investigações foi descoberto que o denunciado tinha repulsa a pessoas do sexo feminino, inclusive organizava pastas com nomes pejorativos para identificar os seus alvos, além de armazenar os números de contato das vítimas, todas mulheres.
Atualmente o denunciado se encontra recolhido no sistema prisional e, para o Ministério Público, diante da quantidade de crimes em série, notadamente dolosos contra a vida, sua liberdade pode ser considerada grande perigo havendo toda a possibilidade de perturbar a ordem pública.
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