O crime ocorreu em 11 de dezembro de 2023 e a denúncia foi oferecida pela 47ª Promotoria de Justiça da Capital.
O crime ocorreu em 11 de dezembro de 2023 e a denúncia foi oferecida pela 47ª Promotoria de Justiça da Capital. Foto: Divulgação/Polícia Civil de Alagoas
Albino Santos de Lima, conhecido como o “Serial Killer” do Vergel do Lago, em Maceió, foi denunciado pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL) por mais um homicídio, desta vez qualificado como feminicídio. A vítima, Louise Gbyson Vieira de Melo, era uma mulher transgênero. O crime ocorreu em 11 de dezembro de 2023 e a denúncia foi oferecida pela 47ª Promotoria de Justiça da Capital.
O MPAL já havia oferecido outras três denúncias contra Albino em janeiro deste ano: uma pelo homicídio de Tamara Vanessa dos Santos e duas por tentativa de homicídio de um casal amigo dela.
A nova denúncia se baseia na Recomendação 128 do Conselho Nacional de Justiça, que orienta o julgamento de casos de violência contra a mulher com perspectiva de gênero. O artigo 5º da Lei Maria da Penha também foi considerado, ao definir que violência doméstica e familiar contra a mulher é qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.
Segundo o promotor de Justiça Antônio Vilas Boas, responsável pelo caso, Albino Santos de Lima agia com “justiçamento” ao escolher suas vítimas, sempre mulheres, por repulsa ao sexo feminino. Ele pesquisava os perfis das vítimas nas redes sociais por meses, calculava minuciosamente os crimes, separando fotografias, perseguindo e executando cada uma delas.
Louise Gbyson Vieira de Melo foi mais uma vítima do “Serial Killer”. Albino a identificava como “odiada do Instagram” ou “morte especial” e marcava a data do crime no calendário. Ele ainda possuía uma pasta com o nome “investigar” para as mulheres que pretendia incluir em sua lista de vítimas.
O promotor Vilas Boas afirma que as evidências são claras e contundentes, com laudo pericial comprovando que a arma do crime é a mesma utilizada em outros homicídios cometidos por Albino na mesma região. Ele enfatiza que se trata de mais um homicídio qualificado, um crime hediondo, e que o réu deve ir a júri popular e responder por seus atos.
As investigações revelaram que Albino mantinha pastas em seu celular com os nomes das vítimas, onde guardava matérias jornalísticas sobre os crimes. Ele também fazia selfies nos locais onde as vítimas eram sepultadas.
O Crime
Por volta das 21h45 de 11 de dezembro de 2023, Louise retornava a pé da escola para casa, acompanhada de uma amiga, quando percebeu que estava sendo seguida por um carro. Após despistarem o veículo, Louise foi surpreendida por Albino, que disparou vários tiros contra sua cabeça, sem chance de defesa.
Exames balísticos confirmaram que os projéteis retirados do corpo de Louise foram disparados da pistola calibre 380 pertencente ao pai de Albino, um policial militar da reserva, a mesma arma utilizada em outros crimes.
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