A mulher morta após se recusar a beijar o colega de trabalho foi estrangulada com pedaço de fio elétrico, arame e fita adesiva. As informações constam na conclusão do inquérito elaborado pela Polícia Civil de Goiás.
Cintia Ribeiro Barbosa, 38, foi assassinada por Marcelo Junior Bastos Santos, 28, no bairro Cidade Jardim, na segunda-feira (4). Segundo a PCGO, o suspeito, que está preso, confessou o assassinato e confirmou que a recusa do beijo teria sido o estopim para o crime.
A vítima morreu em decorrência de asfixia mecânica e estrangulamento. Após ser assassinada, a mulher teve seu corpo abandonado em uma casa vizinha ao seu local de trabalho — o imóvel estava desocupado.
Cintia e Marcelo trabalhavam juntos nos cuidados de um casal de idosos. Conforme a investigação, a vítima chegou para o serviço na manhã da segunda-feira (4), quando foi surpreendida pelo suspeito, que confessou ter tentado beijá-la à força, mas ela recusou. Após a rejeição, o homem matou a colega, diz a polícia.
Um dos objetos usados por Marcelo para matar Cintia foi o fio que era usado para prender as fraldas dos idosos que eles cuidavam. Após o crime, ele relatou que jogou o corpo da colega por cima do muro da residência vizinha ao local em que eles trabalhavam. Em seguida, ele pulou o muro e arrastou o corpo para um local em que não fosse visível.
Cintia faria aniversário de 39 anos no sábado (9). Ela deixou quatro filhos e era recém-casada. A cerimônia ocorreu em 26 de outubro deste ano.
Marcelo Junior possui antecedentes criminais por tráfico, violência doméstica e furto. Ele foi indiciado pelo crime de feminicídio. Caso agora será encaminhado ao Ministério Público de Goiás, que decidirá se apresentará denúncia ao Tribunal de Justiça do estado. O suspeito é representado pela Defensoria Pública de Goiás, que preferiu não comentar o caso.
Em caso de violência, denuncie. Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.