Após a recente vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos realizada nesta terça-feira (5), que o levará a um segundo mandato a partir de 20 de janeiro de 2025, surgiram algumas especulações nas redes sociais sobre possíveis sucessores republicanos para o pleito de 2028, uma vez que Trump, após dois mandatos, não poderá concorrer novamente.
Entre os nomes cogitados por apoiadores está o de Elon Musk, empresário dono da Tesla, SpaceX e da plataforma X. No entanto, um detalhe constitucional torna essa possibilidade inviável: Musk não é um “cidadão nato” dos EUA, requisito fundamental para quem almeja a Casa Branca.
Apesar de residir há anos nos Estados Unidos e ter se naturalizado em 2002, Musk nasceu em Pretória, na África do Sul, em 20 de junho de 1971, o que o desqualifica para a presidência. Em um evento realizado em outubro em apoio a Trump, Musk confirmou essa limitação ao ser questionado sobre sua possível candidatura: “Meu avô era americano, mas eu nasci na África, então não posso ser presidente”, afirmou ele.
De acordo com a Constituição dos Estados Unidos, para ser candidato à presidência, o indivíduo precisa ser “cidadão nato”, ter pelo menos 35 anos de idade e residir no país por, no mínimo, 14 anos. Essa exigência, estabelecida pelos fundadores dos EUA, visa garantir que apenas cidadãos nativos, com vínculo inato aos EUA, possam ocupar o cargo mais alto do governo. Assim, a naturalização de Musk, embora permita sua participação em diversos setores e empreendimentos americanos, não o habilita a disputar uma eleição presidencial.
O nome de Musk começou a ser citado porque ele foi uma figura crucial para os republicanos neste ciclo eleitoral. Ele apoiou Trump de maneira expressiva na campanha presidencial, contribuindo com mais de US$ 130 milhões para o comitê político do agora presidente eleito e de candidatos republicanos em disputas para cadeiras no Congresso. Além de recursos financeiros, Musk usou sua plataforma X para dar espaço a Trump e a candidatos aliados. Ele também chegou a aparecer mais vezes em comícios e eventos de campanha do republicano que o próprio vice na chapa, J.D. Vance.
Trump não esconde a admiração pelo bilionário, referindo-se a ele como “um gênio” e ressaltando a importância de “proteger” pessoas com esse perfil. Neste novo mandato, Trump planeja incluir um papel oficial para Musk, focado em reduzir gastos governamentais, uma área em que o empresário teria liberdade para influenciar políticas que direcionam o governo.