O novo retrato oficial do presidente dos EUA, Donald Trump, gerou grande repercussão por ter um tom “desafiador” e incomum comparado aos últimos retratos oficiais de presidentes, incluindo o seu próprio de 2016.
Daniel Torok, fotógrafo-chefe da foto oficial, confirmou, em conversas com o youtuber de fotografia Jared Polin, que o retrato tirado na prisão do Condado de Fulton, na Geórgia, depois que o republicano foi indiciado por tentar reverter sua derrota nas eleições de 2020, serviu de inspiração para a foto da nova gestão.
Muitas montagens e comparações foram feitas nas redes sociais. Para Toroko a imagem é “ominosa”, “séria” e “traz uma mensagem”.
Até os dias atuais, a imagem do retrato policial é comumente vista em camisas e canecas de apoiadores do presidente recém-empossado.
Em entrevista à BBC, o ex-fotógrafo da Casa Branca Eric Draper, que trabalhou para George W. Bush em todo seu mandato, declarou que a imagem é histórica.
“O retrato oficial do presidente [Trump] é a imagem mais impressa e mais vista do presidente de todos os tempos”, declarou Draper.
Sua primeira impressão é de que a foto foi “fortemente manipulada” com iluminações de estúdio e contou com uma luz “monstruosa” para dramatizar o retrato. Segundo Dreper, a ideia é dar um foco nos olhos do presidente e um destaque “de baixo para cima”.
Para outros especialistas na área, como a Eliska Sky, fotógrafa de retratos do London Institute of Photography, as iluminações editadas no retrato do republicano remetem a filmes de terror. Ela fez uma comparação com imagens de lutadores de boxe.
