A Otan pediu nesta quinta-feira (26) uma investigação “minuciosa” sobre a queda do Embraer 190 da companhia Azerbaijan Airlines no Cazaquistão, ocorrida nesta quarta-feira (25) quando viajava de Baku, no Azerbaijão, para Grozny, na Rússia, com 67 pessoas a bordo.
As autoridades cazaques informaram que 38 pessoas morreram mortos e 29 feridas, vários passageiros permanecem em estado grave.
“Nossos pensamentos e orações estão com as famílias e as vítimas do voo J28243 da Azerbaijan Airlines. Desejamos aos feridos no acidente uma rápida recuperação e pedimos uma investigação completa”, disse a porta-voz da Otan, Farah Dakhlallah, em uma mensagem em redes sociais.
O caso ocorreu perto da cidade de Aktau, no Cazaquistão, depois que o avião não conseguiu aterrissar na cidade de Grozny, na república russa da Chechênia.
Em uma entrevista coletiva, o porta-voz da Procuradoria-Geral do Azerbaijão, Kanan Zeinalov, disse que peritos do Azerbaijão e do Cazaquistão estão trabalhando juntos para esclarecer as causas da tragédia e que especialistas brasileiros se juntarão a eles.
As investigações preliminares ligaram possíveis causas do desastre aéreo à colisão da aeronave com um bando de pássaros e a explosão de um balão de oxigênio a bordo.
No entanto, alguns blogs militares russos apontaram que a aeronave pode ter sido atingida por disparos, após analisarem imagens que mostrariam danos na fuselagem.
Essa hipótese ganhou mais destaque nesta quinta-feira depois que duas fontes do governo azerbaijano afirmaram à Agência EFE, sob condição de anonimato, que o avião foi atingido por um míssil antiaéreo russo.
De acordo com as fontes, a aeronave, que havia decolado em Baku, no Azerbaijão, foi atingida por estilhaços de um míssil terra-ar quando estava no espaço aéreo da cidade de Grozny, na Rússia, onde pousaria.
Elas também afirmaram que autoridades locais não permitiram o pouso de emergência solicitado pelos pilotos do avião, modelo E190 da Embraer, em aeroportos russos e o desviaram em direção à cidade de Aktau, no Cazaquistão, tendo que sobrevoar as águas do Mar Cáspio.
Mais cedo, o regime russo pediu que não sejam tiradas conclusões precipitadas sobre a causa da queda do avião da companhia AZAL, ao comentar as suspeitas de que a aeronave pode ter sido atacada.