O ASA segue uma trajetória de crescimento nos últimos anos, demonstrando evolução em sua organização e planejamento. Já faz tempo que não se ouve falar de atraso salarial no clube, um cenário que criou as bases para que o Alvinegro chegasse a duas finais consecutivas do Campeonato Alagoano e fizesse boas participações na Série D do Brasileiro e na Copa do Brasil.
Outro marco foi a projeção política do presidente Rogério Siqueira, que passou a integrar a Comissão Nacional de Clubes (CNC), reforçando a credibilidade do ASA no cenário esportivo. Além disso, o clube começou a utilizar as instalações de seu Centro de Treinamento, que ainda é modesto, mas representa um importante primeiro passo para a estruturação futura.
Para 2024, o ASA repete sua fórmula de buscar um time competitivo e tenta consolidar o trabalho dos últimos anos. No entanto, alguns episódios extracampo começam a gerar preocupações. Após a derrota em um amistoso contra o CSA e o empate com o Sub-20 do Zumbi, críticas surgiram ainda na pré-temporada, acompanhadas por dois incidentes que ligaram o alerta:
O primeiro foi a declaração do atacante Júnior Viçosa, que, ao tentar responder críticas da imprensa, acabou criando atrito público. Apesar de algumas de suas razões parecerem válidas, esse tipo de colisão com a mídia nunca traz bons resultados. O segundo incidente ocorreu durante um treino, quando torcedores trocaram xingamentos com jogadores, evidenciando um ambiente de pressão e descontentamento precoce.
Esse tipo de situação pede ação imediata da diretoria. O presidente Rogério Siqueira precisa blindar o elenco, adotar medidas como treinos fechados e reorientar os atletas para evitar declarações que gerem desgaste. O controle de qualquer ruído é essencial para garantir que o ASA mantenha o foco em seus objetivos principais: buscar o título do Campeonato Alagoano, após bater na trave nos últimos três anos, e conquistar uma vaga na Copa do Nordeste.
Se houver união e concentração, o ASA tem tudo para transformar 2025 em mais um capítulo de sua ascensão no futebol. O extracampo não pode ser o adversário mais difícil desta temporada.
