quarta-feira, 5 fevereiro 2025

Presidente de Idlib é encarregado de formar novo governo na Síria

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Os insurgentes encarregaram Mohamed al-Bashir, o presidente do Governo de Salvação – nome da administração da província de Idlib, no norte da Síria, controlada pela Organização para a Libertação do Levante -, de formar um governo para a transição na Síria após a derrubada do ditador Bashar al-Assad, informou a televisão síria agora dirigida pela oposição.

“O presidente do Governo de Salvação, Mohamed al-Bashir, deve ser encarregado de formar um novo governo sírio para administrar a fase de transição”, noticiou a emissora de TV.

O Governo de Salvação é uma espécie de braço político e civil da Organização para a Libertação do Levante (HTS, na sigla em árabe) que foi criado em Idlib, uma província no noroeste da Síria e reduto da oposição.

Logo após o anúncio, a televisão síria informou que uma reunião tripartite seria realizada nesta segunda-feira (9), em Damasco, para determinar a transferência de poder na Síria e evitar que o país entre em um estado de “caos” após a queda de Assad, que abandonou o país.

As três partes que se reuniram são o líder da coalizão rebelde liderada pela Organização de Libertação do Levante, Ahmed Al Sharea (nome de guerra Abu Mohamed al Jolani), que liderou a ofensiva para “libertar” Damasco; o primeiro-ministro sírio, Mohamed Ghazi al Jalali; e o presidente do Governo de Salvação, Mohamed al-Bashir.

De acordo com a televisão síria, “a reunião está sendo realizada para determinar a transição de poder e evitar que a Síria entre em um estado de caos”.

Entretanto, no domingo, o presidente do mais alto órgão político da oposição síria no exílio, a Coalizão Nacional Síria (CNFROS), Hadi Al Bahra, disse à Agência EFE que há um acordo após a queda de Assad de que o governo de transição será “civil” e não pertencerá à islâmica Organização de Libertação do Levante nem ao Governo de Salvação.

Bahra explicou que entre a coalizão de oposição há um conjunto de regras “para garantir que não haja extremismo no terreno, nenhuma má conduta, nenhuma violação dos direitos humanos”, o que, segundo ele, “está funcionando muito bem até agora”, apesar de ainda não ter se encontrado com o líder da HTS.

A HTS, após a tomada do poder na Síria, emitiu várias declarações prometendo tolerância em relação aos seguidores de diferentes seitas e religiões no país, e alertando seus membros para que evitem maltratar ou atacar civis.



Fonte: Gazeta do Povo

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