sábado, 8 fevereiro 2025

Preso PM suspeito de ser 2º atirador que executou delator do PCC

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PM foi preso nesta terça-feira (21/1) no batalhão em que trabalha, em Barueri, após pedido de prisão emitido pelo DHPP

PM foi preso nesta terça-feira (21/1) no batalhão em que trabalha, em Barueri, após pedido de prisão emitido pelo DHPP. Foto: Reprodução

A Polícia Militar (PM) prendeu, na noite desta terça-feira (21/1), o PM suspeito de ser o segundo atirador responsável pela execução do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Vinícius Gritzbach, morto em uma emboscada em 8 de novembro do ano passado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

De acordo com fontes ouvidas pelo Metrópoles, o policial militar, identificado como soldado Ruan Silva Rodrigues, 32 anos, foi detido por colegas de corporação dentro do 20º Batalhão de Polícia Militar / Metropolitano (BPM/M), em Barueri, após pedido de prisão feito pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil.

Inicialmente, o suspeito foi encaminhado para Corregedoria da Polícia Militar, mas deverá ser transferido para a sede do DHPP, no Palácio da Polícia, localizado na região central de São Paulo, na manhã de quarta (22/1).

Primeiro PM suspeito preso

O primeiro policial militar da ativa apontado como o autor dos disparos que mataram Vinícius Gritzbach havia sido preso no do último dia 16 de janeiro.

O policial foi identificado como o cabo Dênis Antonio Martins — ele, o PM apontado como motorista do carro usado na execução e a namorada do delator, Maria Helena Paiva Antunes, prestaram depoimento no DHPP nesta terça . No total, 15 PMs investigados foram detidos naquele 16 de janeiro.

Dois dias depois, foi preso o tenente da PM Fernando Genauro da Silva, de 33 anos, suspeito de dirigir o carro utilizado no crime.

             Foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva e 7 mandados de busca e apreensão em endereços na capital e Grande São Paulo;

             Apurou-se que policiais militares prestavam escolta privada a Gritzbach, apesar de seu histórico criminal. As investigações apontaram que tais ações caracterizavam a integração de policiais à organização criminosa, conforme previsto na Lei Federal nº 12.850/13;

             A reportagem apurou que, além dos policiais que faziam a escolta de Gritzbach, um PM suspeito de ser o assassino do delator  foi alvo da operação;

             A operação Prodotes teve início após uma denúncia anônima recebida em março de 2024, apontando possíveis vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados ao PCC;

             A investigação inicial, conduzida pela Corregedoria, evoluiu para um Inquérito Policial Militar instaurado em outubro de 2024. Apurou-se que informações estratégicas vazadas por policiais militares, incluindo da ativa, da reserva e ex-integrantes da Instituição, permitiam que membros da organização criminosa evitassem prisões e prejuízos financeiros;

             Entre os principais beneficiados pelo esquema estavam líderes e integrantes da facção criminosa PCC, alguns já falecidos, outros procurados, como Marcos Roberto de Almeida, conhecido como “Tuta”, e Silvio Luiz Ferreira, apelidado de “Cebola”;

             A operação conta com a colaboração da Força-Tarefa instituída pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), que busca identificar outros envolvidos e eventuais mandantes do crime;

             “A Polícia Militar reitera seu compromisso com a ética e a legalidade, combatendo com rigor qualquer desvio de conduta que comprometa a confiança da sociedade”, diz nota enviada ao Metrópoles.

Caso Gritzbach

Vinicius Gritzbach, de 38 anos, foi executado no dia 8 de novembro de 2024, na frente de sua namorada e de dezenas de testemunhas na área de desembarque do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Foram disparados, ao todo, 29 tiros de fuzil.

Ele era jurado de morte pelo PCC e acabava de retornar de uma viagem ao Nordeste, onde permaneceu sete dias com a namorada e os seguranças particulares, entre eles um policial militar.

Em uma delação explosiva, Gritzbach detalhou como a facção lavava dinheiro, além de revelar as extorsões realizadas por policiais civis. Tanto policiais civis quanto militares investigados pela força-tarefa foram afastados de suas funções.

 

FONTE: Metrópoles

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Fonte: Portal Acta

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