O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou por um novo procedimento para bloquear o sangramento no cérebro nesta quinta-feira (12). Segundo o médico pessoal do chefe do Executivo e apresentador do CNN Sinais Vitais, Dr. Roberto Kalil Filho, a intervenção foi concluída “com sucesso” e durou menos de uma hora.
“O procedimento foi com sucesso, acabou, e o presidente está acordado e falando”, disse Kalil a jornalistas no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Leia também
Lula retorna agora ao quarto na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, onde vinha sendo monitorado pelos médicos.
Janja avisada antes
O aviso para Janja sobre o procedimento de Lula aconteceu ainda na madrugada de terça-feira (10).
Na ocasião, a equipe médica se reuniu com Janja, passou as informações sobre a operação realizada, o processo de recuperação e alertou sobre a possibilidade real de um novo procedimento ser feito nos próximos dias para complementar o processo de drenagem e evitar novos sangramentos.
Entretanto, explicaram que o momento para esse processo suplementar ainda seria avaliado.
Passadas mais de 48h após a cirurgia, a junta médica optou por marcar a nova intervenção para a manhã desta quinta.
Como é o procedimento?
Apesar do tratamento padrão, para João Brainer, neurologista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), não existe uma garantia absoluta de que um novo sangramento não possa acontecer.
“[O procedimento] é feito para colocar uma espécie de cola nessas artérias que ficam na parte mais superficial do cérebro, não propriamente no cérebro, que ele evita ele diminui a chance do paciente ter um novo sangramento de origem venosa”, explica o médico.
“Você coloca uma cola e essa cola evita o que haja uma ‘neogiogênese’, ou seja, a proliferação dos vasos sanguíneos que vão nutrir uma recorrência desse sangramento em potencial”, prossegue.
Saúde de Lula
Lula deu entrada na unidade do hospital Sírio Libanês em Brasília na segunda-feira (9), após sentir incômodos na região da cabeça.
O presidente foi submetido a exames de imagem que mostraram a existência de uma hemorragia intracraniana.
Por este motivo, ele foi transferido para a unidade hospitalar em São Paulo, onde passou por uma cirurgia de emergência.