O chanceler federal Olaf Scholz deverá ser o candidato de sua legenda, o Partido Social-Democrata (SPD), nas eleições antecipadas da Alemanha, previstas para ocorreram no dia 23 de fevereiro de 2025. Scholz tentará assim manter seu posto como chanceler da maior economia da Europa após sua coalizão governista, composta pelo Partido Liberal e pelos Verdes, se romper no começo deste mês, fato que fez com que as eleições fossem antecipadas no país, cujo o parlamento ainda deverá votar uma moção de confiança contra o atual chanceler em dezembro.
O favorito para liderar o SPD nas próximas eleições era o atual ministro da Defesa, Boris Pistorius, que desistiu de disputar o cargo de chanceler nesta quinta-feira (21), ação que deixou Scholz, que sofre de uma crescente baixa popularidade, como o único candidato viável do partido.
A decisão de Pistorius foi descrita como “pessoal e soberana”, mas, segundo informações da agência Reuters, ela despejou uma luz sobre as dificuldades de Scholz, que, mesmo liderando a Alemanha durante crises econômicas e internacionais, não conseguiu conquistar o apoio amplo da população. De acordo com informações veiculadas pela agência, uma grande parte dos membros do SPD queria que Pistorius liderasse a legenda.
“Em Olaf Scholz, temos um excelente chanceler federal […] ele liderou uma coalizão de três partidos através da maior crise dos últimos tempos”, afirmou Pistorius, deixando claro seu apoio ao atual líder alemão, apesar da queda de popularidade do chanceler.
Na liderança do SPD, Scholz deverá lutar para tentar reverter a queda do partido nas pesquisas, onde ocupa neste momento o terceiro lugar, ficando atrás do partido de centro-direita União Democrata Cristã (CDU) e do partido da direita nacionalista Alternativa para a Alemanha (AfD). Segundo a Reuters, o SPD possui apenas 15% de apoio nas sondagens, um dos menores índices já registrados para a legenda progressista.
Scholz está liderando a Alemanha neste momento com um governo minoritário após o rompimento de sua coalizão, fato que ocorreu no começo deste mês depois de trocas de farpas entre o chanceler e um ministro do Partido Liberal.
O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, deve dissolver o Bundestag (o parlamento) e convocar eleições logo após a moção de confiança contra Scholz, marcada para 16 de dezembro, ser votada. A expectativa é de que o chanceler perca, devido à sua atual falta de apoio na casa legislativa.