09/10/2024 15:48 | Saúde
Secretaria de Estado da Saúde reforça orientação sobre as medidas de prevenção ao HIV
Entre as medidas mais importantes está o uso de preservativo durante as relações sexuais e o não compartilhamento de materiais perfurocortantes, como agulhas
Diagnóstico do HIV ocorre por meio do teste rápido, disponível em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nos Centros de Testagem e Aconselhamento
Carla Cleto / Ascom Sesau
Fabiano Di Pace / Ascom Sesau
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) reforça
junto à população a necessidade de adotar medidas preventivas contra a infecção
pelo vírus HIV. As orientações vão desde a prática do sexo seguro, usando
preservativo, seja externo (masculino) ou interno (feminino), até o não
compartilhamento de materiais perfurocortantes.
De acordo com o infectologista da Sesau, Renee Oliveira, o vírus HIV ataca o
sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças.
As células mais atingidas são os linfócitos TCD4+. O vírus é capaz de alterar o
DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os
linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
“No caso do sexo seguro, os preservativos são disponibilizados pelo SUS
[Sistema Único de Saúde], bastando retirá-los gratuitamente nos postos de
saúde municipais. Já com relação ao não compartilhamento de seringas, a medida
é recomendada porque o vírus HIV pode ser contraído pela exposição com o sangue
já infectado”, explicou Renee Oliveira.
Prep e PEP
Outra forma de se prevenir contra o HIV é a Profilaxia Pré-Exposição
(PrEP), que consiste na tomada de comprimidos antes da relação sexual. Ela
permite ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o
HIV.
Já a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é uma medida de prevenção de urgência à
infecção pelo HIV, hepatites virais e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis
(IST). Ela consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir
essas infecções e deve ser utilizada até 72 horas após qualquer situação em que
exista risco de contágio.
Em Maceió a Prep e a PEP estão sendo disponibilizadas no PAM Salgadinho,
no Centro; no Hospital Escola Dr. Hélvio Auto, no Trapiche; no Hospital
Universitário, no bairro Cidade Universitária; e na Clínica da Família do
Jacintinho.
Já no interior, a população pode procurar a Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) Irmã Dulce, em Marechal Deodoro; o Hospital Ib Gatto Falcão,
em Rio Largo; a UPA Drº David Torres, em Viçosa; a Unidade Mista Senador
Arnon de Mello, em Piranhas; a UPA de Delmiro Gouveia; o Hospital Regional do
Norte (HRN), em Porto Calvo; e a UPA Drª Helenilda Veloso, em Palmeira dos
índios.
Diagnóstico
Com relação ao diagnóstico do HIV, o procedimento ocorre por meio do
teste rápido, disponível em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos 102 municípios
alagoanos e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs).
Nestas unidades, além do diagnóstico, também são repassadas informações
sobre a prevenção e o tratamento, que se seguido à risca, assegura que o
portador do vírus possa levar uma vida comum.
“É sempre importante que a população siga as medidas de proteção, com o
objetivo de se prevenir contra o HIV. Afinal, a rede pública de saúde assegura
os mecanismos eficazes para prevenir o vírus, com a distribuição periódica de
preservativos”, reforçou o secretário de Estado da Saúde, Gustavo
Pontes de Miranda.
Dados
De acordo com a Sesau, em Alagoas, de janeiro a agosto deste ano, foram
notificados 574 novos casos novos de HIV. Já no mesmo período do ano
passado, foram 513 notificações, o que representa um aumento de 11,89%.