Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) formaram maioria para condenar o terceiro réu pelos atos do 8 de Janeiro, Matheus Lima de Carvalho Lázaro. O ministro Alexandre de Moraes votou para condenar Matheus a uma pena de 17 anos de prisão, em regime inicial fechado, multa de R$ 44 mil e indenização de R$ 30 milhões, a ser paga em conjunto com os demais condenados.
O ministro Nunes Marques, revisor do caso, votou por condená-lo a uma pena de dois anos e seis meses. Luís Roberto Barroso opinou por uma a pena de 11 anos e seis meses. Cristiano Zanin propôs pena de 15 anos.
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Matheus foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com uso de substância inflamável.
Morador de Apucarana, no Paraná, Lázaro viajou a Brasília de ônibus. O réu, segundo a PGR, seguiu com o grupo preso na Praça dos Três Poderes na posse de estilingues, bombas, gasolina, álcool, vinagre, produtos inflamáveis e materiais utilizados para produzir o chamado “coquetel molotov”. A denúncia diz ainda que o homem afirmou em 8 de janeiro que era preciso “quebrar tudo” no prédio do Congresso, de forma que o Exército entrasse para “tomar o poder”.
Advogada chorou e disse que tem medo do STF
A advogada Larissa Claudia Lopes de Araujo, que defende o réu, começou a sustentação oral no Supremo Tribunal Federal (STF) dizendo que o sonho dela era ser ministra, mas que atualmente tem vergonha da Corte. Ela chegou a chorar durante a defesa. A profissional também criticou Alexandre de Moraes e disse ter medo de estar ali. “Respeito essa Casa, respeito muito. Adoro a ordem que tem aqui, os seguranças quando se levantam”, disse.