Siga-nos no Google Notícias

Tribunal nega adiamento de ação contra Netanyahu por corrupção

Data:



O Tribunal de Jerusalém rejeitou, nesta quarta-feira (13), o pedido da equipe jurídica do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para adiar seu depoimento por mais de dois meses, marcado para 2 de dezembro, em seu julgamento por corrupção, aberto há mais de quatro anos.

O representante do Ministério Público, Yeshudit Tirosh, argumentou perante a Corte que não se pode permitir que o mandatário israelense “dite o calendário” de seu julgamento, o que violaria o princípio da igualdade perante a lei, e lembrou que a Justiça já deu ele em julho, quando solicitaram o adiamento dessa audiência até março de 2025, cinco meses para preparar seu depoimento.

“Estivemos em guerra em julho em Gaza e com ataques do norte, e estamos em guerra agora. Também não sabemos o que acontecerá nas próximas 10 semanas”, disse Tirosh.

O advogado de defesa de Netanyahu, Amit Hadad, insistiu que o premiê israelense não pode agora preparar adequadamente seu testemunho porque está “concentrado em responder às necessidades do país” com as guerras atuais (a ofensiva em Gaza e no Líbano) que ainda estão em curso.

“Netanyahu está gerindo toda a guerra e há semanas em que não podemos nos reunir com ele. Como isso pode ser ignorado? Não queremos um primeiro-ministro cuja cabeça esteja completamente focada em administrar a guerra?”, questionou a defesa.

Seu advogado também não conseguiu garantir à juíza Rivka Friedman-Feldman que Netanyahu poderá comparecer em março de 2025, data proposta por eles, inicialmente.

Da mesma forma, a equipe jurídica de Netanyahu destacou que o tribunal onde deve prestar depoimento, localizado em Jerusalém, não dispõe de abrigo antiaéreo, por isso a segurança do premiê israelense não pode ser garantida.

A segurança de Netanyahu foi reforçada no mês passado após um drone lançado pelo Hezbollah em 19 de outubro ter como alvo atingido a sua residência privada em Cesareia, uma cidade mediterrânica no norte de Israel.

O mandatário israelense é acusado desde 2019 de fraude, suborno e quebra de confiança em três casos distintos de corrupção e é acusado de receber presentes em troca de favores e suposto tratamento favorecido para receber uma cobertura midiática positiva sobre ele e sua família.

O processo começou em maio de 2020, mas ficou em segundo plano em 2022 e quase não teve peso na campanha para as eleições de 1º de novembro daquele ano, após as quais Netanyahu voltou ao poder à frente do governo de Israel.

É pouco provável que o julgamento, incluindo possíveis recursos, termine antes de 2028-2029.

Se for considerado culpado com condenação definitiva, Netanyahu terá que renunciar, mas enquanto durar o julgamento ele poderá permanecer no poder, já que a lei israelense indica que um ministro deve renunciar se for acusado, mas isso não se aplica ao chefe de governo.

Conteúdo editado por:Isabella de Paula



Fonte: Gazeta do Povo

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Mais Lidas

Leia Também
Relacionadas

Genérico de concorrente do Ozempic é autorizado nos Estados Unidos

A Food and Drug Administration (FDA) dos...

Filho de Preta Gil posta de mãos dadas com a mãe: “Lutando muito”

Francisco Gil está acompanhando a mãe, Preta Gil,...

Caçula de William e Kate quebrou regra rígida da Família Real na celebração de Natal

Tradicionalmente, os membros da realeza chegam a...