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Veja as pistas que levaram à prisão de companheiro de professora morta com coxinha envenenada

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As Polícias Civil e Científica de Alagoas confirmaram, em entrevista coletiva, no início da tarde desta sexta-feira, 18, que a professora Joyce dos Santos Silva Cirino, de 36 anos, morreu por envenenamento ao comer uma coxinha contaminada com substâncias praguicidas, altamente tóxicas ao organismo humano. O companheiro está preso por suspeita de cometer o crime na cidade de São Brás, no interior de Alagoas. O delegado Rômulo Andrade afirmou que um registro fotográfico feito pela irmã da professora, logo após saber que ela deu entrada no hospital, foi determinante para a condução da investigação.

Fotografia levantou suspeita: “Fomos até o local, recebemos de familiares fotografias da residência com a embalagem da coxinha e algumas coxinhas ainda no chão, um resto. Temos essas fotos nos autos. Quando a perícia e a Polícia Civil vão até a residência fazer o levantamento do local e colher o material, essas coxinhas e embalagens já não estão mais na casa. Isso levantou a suspeita da polícia. Quem foi que deu sumiço nessas coxinhas e nas embalagens das coxinhas? Então, a gente começa a olhar o comportamento dele durante o socorro”. Ele leva a professora para um hospital de São Brás que tem pouca estrutura. O médico vê a gravidade do caso e fala: ‘Vão direto para Penedo ou Arapiraca’. No caminho, a pulsação dela cai demais, muito rápido. Eles param para estabilizá-la na UPA de Porto Real do Colégio, que é onde ela falece poucos minutos depois. O que chamou a atenção da gente é isso, ele chega ao hospital para prestar o socorro a ela, comunica alguns familiares dela, é quando a irmã vai na residência e fotografa no chão a coxinha”.  

Durante a coletiva, o delegado detalhou a cronologia dos fatos desde o dia 9 de outubro, data em que a professora morreu na Unidade de Pronto Atendimento de Porto Real do Colégio. Veja abaixo o passo a passo identificado pelas autoridades na investigação. 

20 mini-coxinhas: “Sobre a coxinha, para ser bem direto, o suspeito, marido dela, encomenda algumas mini-coxinhas, na totalidade 20, a uma pessoa do município. Ele sai de casa exclusivamente para pegar essas coxinhas. Leva para casa, para ser consumida pela sua esposa. Temos a dificuldade de falar se era esposa ou ex-esposa, porque eles praticamente terminavam e se reconciliavam todos os dias. Ela consome essas coxinhas. Assim que ela começa a passar mal e vomitar sem parar e defecar incontidamente, ele a socorre para o hospital”.

Atraso no socorro: “A gente ainda vai ver esse intervalo de tempo, porque acreditamos que houve um atraso no socorro. Ele sempre foi informando ao médico: ‘Olha, ela comeu uma coxinha e passou mal’. Essa questão da coxinha ficou muito em evidência na imprensa por conta disso, porque ele (suspeito) falava isso. Quando o médico recebe a Joyce praticamente morta, com a pulsação muito baixa, ela passa poucos minutos na UPA e falece. O médico dá um laudo, dizendo: ‘Houve intoxicação exógena ao que tudo indica e aciona a polícia'”.

Suspeito foi para casa: “Quando o médico começa a preparar a ambulância para levá-la para um hospital referência, ele fala para a vizinha: ‘Acompanha ela, que vou voltar para casa’. O que para nós levantou muita suspeita. O que ele foi fazer em casa? A esposa estava quase morrendo ali. A Polícia Civil acredita que ele volta para casa e se desfaz desse material, do veneno praguicida, e dos restantes daquelas coxinhas que seriam periciadas”.

Retorno do ex-marido com ‘parente advogada’: “Ele chega ao hospital de Porto Real do Colégio uma hora depois e com uma parente dele que é advogada. A mulher (Joyce) estava morrendo no socorro, no hospital, se você chegasse com um parente médico, eu entenderia, mas ele chega com uma advogada. Anunciaram a morte da Joyce para ele. E ele vai para casa descansar. Quem é que perde a esposa e vai para casa descansar? Sabendo de toda a suspeita ali, de todo um procedimento que teria com o IML, funerária, etc.? Mas ele simplesmente vai para a casa de uma tia descansar”. 

Praguicidas – A Polícia Científica de Alagoas confirmou que o exame toxicológico identificou a presença de praguicidas altamente tóxicos em amostras biológicas coletadas do estômago da professora Joyce dos Santos Silva Cirino. 

Thalmanny Goulart, chefe de laboratório forense da Polícia Científica, deu detalhes sobre essas substâncias detectadas no exame toxicológico feito após o envio de coleta do Instituto Médico Legal (IML). 

“Essas amostras biológicas foram coletadas no IML e enviadas ao laboratório para analisarmos do ponto de vista toxicológico. Foram encontradas duas substâncias classificadas como altamente tóxicas. Organofosforado, sulfotep e terbufós. Ambas com comércio proibido no território nacional, principalmente no emprego como raticida. Foram encontrados no conteúdo estomacal da Joyce”. 

O caso – O homem suspeito de matar a professora Joyce dos Santos Silva Cirino, de 36 anos, após supostamente entregar a ela uma coxinha que estaria envenenada, foi preso na manhã da quarta-feira, 16 de outubro, na casa de uma tia, em São Brás, durante cumprimento de mandado de prisão preventiva. A vítima era ex-esposa dele e faleceu na quarta-feira, 9 de outubro.

De acordo com os primeiros levantamentos, a mulher chegou a ser socorrida e encaminhada para uma unidade de saúde em Porto Real do



Fonte: TNH1

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