A líder opositora María Corina Machado disse nesta terça-feira (28) que uma Venezuela “livre” será a “melhor oportunidade de investimento neste hemisfério (sul) e, talvez, no mundo”, e acusou regime do ditador Nicolás Maduro de ter “saqueado” o país e “ultrajado” a propriedade privada.
Na rede social X, a líder opositora disse que atualmente a Venezuela está no “último lugar do planeta” em termos de Estado de Direito, e por isso “nenhum investidor sério vai colocar dinheiro novo em um país onde os contratos não são respeitados, onde operam com leis ‘antibloqueio’ e inconstitucionais” e onde a corrupção “arrasta todos aqueles que estão relacionados ao regime”.
Ela também denunciou a ditadura chavista como um “regime de máfias, que atropela a Constituição e a vontade do povo”, em referência à vitória do candidato presidencial da maior coalizão de oposição, Edmundo González Urrutia, nas eleições de julho do ano passado, nas quais o órgão eleitoral, controlado pelo chavismo, concedeu uma vitória ilegítima a Maduro.
Para Machado, os credores sérios “sabem que somente com uma transição democrática e um novo governo que estabeleça a ordem, restabeleça o estado de direito e cumpra os compromissos legítimos que a república adquiriu, eles poderão cobrar o que lhes é devido”.
“Nosso governo será democrático, eficiente e transparente. Estabilizaremos a economia, faremos a Venezuela crescer, aumentaremos a produção de petróleo e faremos da Venezuela o centro energético das Américas. A Venezuela voltará a receber crédito estrangeiro e reestruturará a dívida da república em uma base vantajosa para todos”, declarou.
Ela acrescentou que nesse cenário haverá “trabalho produtivo e bem remunerado, a propriedade privada será sagrada, a moeda [o bolívar] será forte e haverá oportunidades de empreendedorismo e financiamento para milhares e milhares de novas empresas”.
Por sua vez, Maduro – que foi empossado como “presidente” pelo Parlamento, comandado por chavistas, para um terceiro mandato consecutivo de seis anos – alega que foram assinados contratos de “mais de US$ 52 bilhões” em investimentos em “toda a economia nacional”, principalmente em setores como petróleo, gás, petroquímica, turismo, mineração e indústria pesada.
Em 15 de janeiro, ele disse que a economia venezuelana cresceu mais de 9% no ano passado em relação a 2023 e que a inflação foi de 48% em 2024, o que claramente ecoa como propaganda do regime.