Durante sessão ordinária desta terça-feira (19), os vereadores de Maceió fizeram um minuto de silêncio pelo desaparecimento do líder comunitário Thiago Francisco Thomáz de Aquino, com forte atuação no Conjunto Salvador Lyra, no bairro Tabuleiro do Martins.
O vereador Siderlane Mendonça foi o responsável pela solicitação formal para a realização de um minuto de silêncio na sessão, como demonstração de sensibilidade à dor da família, que ainda não tem respostas sobre o paradeiro da liderança, desde a última quinta-feira (14): mesmo dia em que o carro do líder foi encontrado queimado, com um corpo carbonizado, na cidade de Marechal Deodoro.
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“O que, para nós, é um minuto, pouca coisa, para a família é bem difícil, diante de algo que ainda é bem incerto. Eles não sabem se o corpo encontrado é do Thiago. E essa angústia é transferida também para os amigos. Eu venho pedir celeridade nesse processo, no esclarecimento desse carro. O corpo é de Thiago? Quem são os agentes causadores desse fato? Quem cometeu esse crime bárbaro, com quem estava naquele carro? O corpo, pelo que foi visto, estava envolto em um saco plástico e com sinais de brutalidade, como se os braços estivessem cruzados. Fica aqui a minha indignação e a pergunta de toda a sociedade civil: onde está o Thiago”, cobrou.
Mendonça atua politicamente no mesmo conjunto e destacou ainda que Thiago mantinha bom relacionamento com a comunidade e com autoridades, apesar de ser incisivo nas reivindicações de melhorias para a população local.
“Meu desejo é de que a justiça seja feita e o caso seja investigado, o mais rápido possível. O Thiago ainda está desaparecido. É um cara que sempre brigou pela segurança na região. O carro era dele, que continua desaparecido e dentro do carro só tinha um corpo. A sociedade cobra essa resposta e eu cobro, também, a celeridade para esclarecer o que aconteceu com esse cidadão de bem, da parte alta de Maceió”, concluiu.
O caso
Thiago Francisco Thomáz de Aquino está desaparecido desde a última quinta-feira (14). Neste mesmo dia o carro dele foi encontrado totalmente queimado, com um corpo carbonizado, na cidade de Marechal Deodoro.
A Polícia Civil de Alagoas ainda aguarda reconhecimento, que só pode ser feito pelo exame de DNA, mas suspeita que a vítima seja o líder comunitário, que sumiu na manhã do mesmo dia.
Os agentes da segurança pública informaram que câmeras de monitoramento estão sendo utilizadas para tentar identificar o trajeto feito por Thiago, na tentativa de encontrar elementos que apontem para o possível paradeiro dele.
A Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) comunicou que nenhuma linha de investigação está descartada e informou, também, que familiares e amigos dele foram ouvidos no fim de semana. Uma das principais reivindicações do líder comunitário era a instalação de uma base da Polícia Militar na região do Conjunto Salvador Lyra, onde morava e atuava.
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