O governador de Alagoas, Paulo Dantas, anunciou nesta terça-feira (12) que está trabalhando em alternativas para apoiar o setor sucroalcooleiro — e outros segmentos da economia local — afetados pelo aumento de 50% nas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
Cumprindo agenda oficial em Londres, Dantas descreveu o “tarifaço” como uma medida desastrosa que ameaça um dos pilares da economia estadual, responsável por cerca de 60 mil empregos diretos e pela movimentação econômica de diversos municípios. Ele destacou que aproximadamente 15% da produção alagoana advinda da cana-de-açúcar tinha como destino o mercado americano — eixo diretamente abalada pela nova sobretaxa.
O governador afirmou que está em contato permanente com o governo federal e representantes do setor para buscar a abertura de novos mercados e garantir o suporte necessário para preservar empresas e empregos. Segundo ele, o objetivo é proteger a competitividade da produção local diante das mudanças no cenário internacional.
Em ofício ao Palácio, o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool em Alagoas (Sindaçúcar-AL) alertou para os graves impactos econômicos e sociais previstos com a medida. O documento trazia dados expressivos: entre 150 mil e 180 mil toneladas anuais de açúcar exportadas de modo preferencial aos EUA, das quais Alagoas responde por 75 mil a 80 mil toneladas — cerca de 15% da produção do estado e até 20% da receita do setor, estimada em USD 56 milhões.
O sindicato também destacou que o novo tarifário pode colocar em risco os 85 mil empregos diretos vinculados ao setor, além de afetar a circulação de renda em 54 municípios ligados à cadeia produtiva da cana-de-açúcar.





