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CSA faz péssima temporada, tem chances remotas de classificação e risco de rebaixamento

O CSA encerrou nesta segunda-feira uma das temporadas mais melancólicas de sua história recente. A derrota por 2 a 1 para a Ponte Preta, no Estádio Rei Pelé, foi o último capítulo de um roteiro marcado por decisões equivocadas, uma diretoria inexperiente e a ausência de profissionais competentes no departamento de futebol.

Um colapso em quatro atos

A derrocada começou ainda no primeiro semestre, com a eliminação no Campeonato Alagoano. O Azulão caiu na semifinal diante do ASA, em Arapiraca, num jogo em que foi dominado taticamente e emocionalmente. A perda do título estadual já acendia o alerta para um ano que se mostraria cada vez mais sombrio.

Na Copa do Brasil, o CSA surpreendeu ao chegar às oitavas de final, mas a eliminação veio de forma melancólica, com um gol nos acréscimos que selou a derrota e expôs a fragilidade emocional do elenco. A boa campanha foi ofuscada pela sensação de que o clube poderia ter ido além.

Na Copa do Nordeste, o golpe foi ainda mais duro. Jogando em casa, diante de sua torcida, o CSA foi derrotado pelo Confiança na semifinal. A apatia em campo contrastava com a expectativa criada pela diretoria, que prometia um time competitivo e pronto para brigar por títulos.

Por fim, a Série C trouxe o desfecho mais cruel. O CSA não apenas foi praticamente eliminado da competição, como agora encara a última rodada com risco real de rebaixamento. A derrota para a Ponte Preta, mesmo com a Macaca tendo um jogador expulso ainda no primeiro tempo, simbolizou a incapacidade do time de reagir, mesmo diante de um cenário favorável.

Diretoria sem rumo e um futebol sem comando

A gestão da presidente Mirian Monte, embora elogiada por alguns membros internos pela tentativa de equilíbrio financeiro, mostrou-se desconectada da realidade esportiva. O departamento de futebol, comandado por Jadson Oliveira, acumulou decisões questionáveis, contratações sem critério técnico e uma condução de elenco marcada por falta de pulso.

Nos bastidores, a imagem institucional do CSA foi arranhada não apenas pelos resultados em campo, mas pela gestão amadora fora dele. Uniforme na reta final que apaga a imagem dos patrocinadores e escancara a má gestão do clube até com os seus ativos.

Marcas dos patrocinadores ficam invisíveis em péssima aplicação no uniforme do CSA.

Bastidores tóxicos e vícios no elenco

O ambiente interno do elenco também foi alvo de polêmicas. Circulam relatos de jogadores envolvidos em apostas informais — o chamado “bicho” — que, segundo fontes próximas ao clube, se tornaram uma obsessão para alguns atletas. A prática, embora comum em clubes brasileiros, teria extrapolado os limites no CSA, gerando conflitos internos, desmotivação e até interferência na concentração para jogos decisivos.

A falta de comando e de profissionais preparados para lidar com esse tipo de situação agravou o clima no vestiário. O resultado foi um grupo dividido, emocionalmente instável e incapaz de reagir diante das adversidades.

Decisões equivocadas a todo tempo

No centro das decisões está Jadson Oliveira, diretor de futebol do CSA. Com uma trajetória modesta e sem grandes conquistas, Jadson chegou ao clube prometendo reformulação e estabilidade. Em julho, minimizou a fase ruim e afirmou que “não havia nada de desesperador”. A frase, hoje, soa como um retrato da desconexão entre a diretoria e a realidade do campo.

Suas escolhas foram constantemente questionadas. A montagem do elenco, as contratações pontuais e a condução das trocas de comando técnico revelaram um departamento de futebol sem rumo. A falta de profissionais experientes e a ausência de um projeto claro colocam em xeque não apenas sua permanência, mas a credibilidade da gestão como um todo.

Um fim sem aplausos

O CSA encerra 2025 sem títulos, sem acesso e sem perspectiva. O Rei Pelé, palco de tantas glórias, foi também o cenário do adeus — um adeus à temporada, às esperanças e, talvez, a uma era que precisa urgentemente de renovação. A torcida, que sempre foi o combustível do clube, agora se vê diante de um vazio que nem a paixão consegue preencher.

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